quarta-feira, 27 de dezembro de 2006 1 comentários

"Feliçar"

Arthur da Távola escreveu isto. Eu, enquanto, irmão (bastardo) de letras, só posso concordar... Puxa vida! Por que não pensei nisso antes???? (Arthur, Arthur... Não me leve a mal, mas AMEI seu texto. É uma inveja positiva, tá?... Rogo para que os(as) leitores(as) aqui possam transformar sua idéia numa lição de vida!)


* * *


FELIÇAR

(Arthur da Távola)

Sou eu que faço você sofrer?

Ou é você que sofre por minha causa?

Ou, ainda, é você que sofre por sua própria causa?

Chegar a essa pergunta (leva anos e anos) e é essencial na relação do amor. A resposta demandará muito tempo, sofrimento e, em cada caso, será diferente. Mas, se encontrada, melhorará qualquer relação. Ou constatará o seu término.

Proponho, como exercício, uma atitude de troca. Onde se lê sofrer, leia-se feliçar (eu feliço, tu feliças, ele feliça, nós feliçamos, vós feliçais, eles feliçam).

Por que felicidade não tem verbo?

A pergunta, então ficaria: Sou eu que faço você feliz, ou é você que feliça por minha causa?

Curiosa e masoquista a vida. O verbo sofrer é complicado.

Feliçar é simples. Por que a gente prefere conjugar o sofrer?
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006 0 comentários

Feliz Natal!

Bem, não poderia deixar de desejar FELIZ NATAL para todos. E já que faço parte de uma companhia de teatro, nada mais justo que fazer isso "institucionalmente"... (eheheheheh...)

Façam-me um favor, tá?

NUNCA DESISTAM DE SEUS SONHOS!!!!!!!!

Guilherme Ramos
(sonhador profissional)
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Conviver, para depois se relacionar

Por que as pessoas não conseguem acreditar (ou simplesmente estranham) que, entre um homem e uma mulher, existe uma grande diferença entre "conviver" e "se relacionar"? E que ambos, às vezes, possam preferir a experiência do primeiro à emergência do segundo?

Vejo que, dessa forma, muitos corações deixariam de ser partidos. Mas a pressa das (e nas) relações hoje em dia é imperativa. "Ficar" é o verbo. Quer saber? TÔ FORA! Fora mesmo. Não nasci pra isso.


Recebi o texto abaixo de uma amiga muito especial. Talvez ela tenha a mesma opinião que eu (ou sou eu que tenho a mesma opinião dela) e, no seu gesto, tenhamos compactuado opiniões comuns.

Deixo para vocês, leitores, um pouco mais do que estou sentido (e vivendo...). Não quero nada de vocês, apenas... que me deixem sentir...

* * *

Certas Horas

Há certas horas, que não precisamos de um amor.
Não precisamos da paixão desmedida.
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro,
o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...
Há certas horas, quando sentimos que estamos para chorar,
que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente,
a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça.
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo.
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis,
nos seja de uma sinceridade inquestionável...
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado;
Alguém que nos possa dizer:
"Acho que você está errado, mas estou do seu lado..."
Ou alguém que apenas diga: "sou seu amigo!"
Alguém que possua um coração muito grande,
maior que a sua própria vontade
de ser diferente e que por mais que precise e queira ser,
ouça e olhe nos olhos como se fosse o outro.
Há momentos que não se pode deixar passar
sem um abraço carinhoso e um aperto de mão.
São pequenos detalhes que transformam e
podem acalentar um coração.
Quando a força e a fé nos faltar,
precisamos ter uma alma diferente
daquela que sempre cruza nossos caminhos
e que essa pessoa possa trazer novamente
um sol diferente e um calor gostoso.
Se você acaso puder ser alguém diferente,
seja, não se iluda...
Muitas vezes mais vale um ombro
onde se possa encostar a cabeça
e contar segredos e mágoas,
do que ter um alguém a mais.
Quando você puder ser esse alguém diferente,
acredite, o meu coração ficará feliz,
porque com certeza eu saberei que encontrei
o que sempre procurei...

[Autor(a) desconhecido(a)... Mas MUITO SÁBIO(A)!]
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Primeiro Dia de Verão; Último de Sagitário...

21 de dezembro. Chega, finalmente, o verão. Com o sol, despede-se o nono signo do zodíaco (a qual pertenço), o otimista e sonhador Sagitário, dando espaço à racionalidades de Capricórnio – nada contra, claro! Sou até um cara bem racional.

Parece estranho, mas há 18 anos, nessa mesma data, eu passava por um (quase) "ritual de passagem". Foi quando, adolescente, conheci o que parecia ser o meu destino. E quase foi. Mas, como em qualquer rito desses, muitas outras coisas (boas e más) aconteceram e o jeito foi seguir em frente. E hoje sou o que sou, também, por essas experiências.

Hoje, completa-se mais um aniversário, sempre na despedida do signo solar e na recepção do sol propriamente dito:

É o primeiro dia de verão; último de Sagitário...

(Guilherme Ramos, 21/12/2006, 16h.)
terça-feira, 19 de dezembro de 2006 0 comentários

Pergunta

Perguntaram-me, hoje, se sou poeta.

- Não... - respondi. - talvez um escultor de palavras.

(Guilherme Ramos, 17/12/2006, 23h40)
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Clementine

Ela bebe.
Eu também.
Das mais estranhas e previsíveis coisas.
As músicas,
As poesias,
As prosas,
Os filmes,
As fotos,
E também o álcool.
É meu brilho eterno,
É minha mente; 100 lembranças,
É mulher, é criança.
É um sem-número de coisas
Pra todo mundo.
E adora isso.
E odeia isso.
Queria ser só mais uma na multidão.
Mas não é.
Queira ou não.
Ensina e aprende
Deseja e não se surpreende
Com o que demonstro
Ou não demonstro.
“Demonstrar” seria um verbo
Onde escolhemos revelar
O “monstro” que há em nós?
Porque sempre há um monstro.
E monstros, geram monstros...
Ah! Ela fuma.
Eu não.
Mas quem se importa?
“Ao fumo das Antilhas!”
“À imortalidade da alma!”
(Não é, Azevedo?)

(Guilherme Ramos, 17/12/2006, 21h59)
domingo, 17 de dezembro de 2006 0 comentários

Homenagem à Vida

Caros amigos,
Hoje quero prestar uma homenagem a uma amiga minha, a escritora Viviane Araújo (Vida). Seu blog (http://viverepreciso.blogspot.com/) é um prato cheio para os apreciadores da boa literatura brasileira. Aquela literatura prazerosa, misto de ler, degustar e transcender. Foi a Internet quem nos apresentou. Se dependesse apenas da geografia, isso jamais seria possível. Ela é carioca; eu, alagoano. Mas a paixão pelas letras é comum. Por isso, quero que vocês conheçam essa talentosa profissional, primeiro aqui, depois, em seu blog. E aproveitem cada segundo. Suas palavras viciam positivamente (melhor dizer, “encantam”), porém acabam. E você vai querer sempre mais. Foi assim comigo. Com vocês não será diferente.
O texto a seguir, tocou meu coração por motivos óbvios. E espero que toque o de vocês também.
* * *
Sobre o que nunca foi dito


(Viviane Araújo)


Dentre todas as frases, há uma que nunca falei para ninguém. E não me refiro ao tão banalizado “eu te amo”, presente em tantas bocas que se beijam, mas não se bastam. Nem tampouco ao profético “você é o homem da minha vida”, reproduzido por aqueles que acreditam que é possível determinar o protagonista antes, sequer, de iniciar a história.
Refiro-me a tão sutil leveza de um singelo: cuida de mim. Frase esta intocada, que guardo longe de toda e qualquer mazela para fazer-se melodia apenas em ouvidos muito especiais.
Cuida de mim. Cuida de mim não porque eu não possa fazê-lo sozinha, mas porque eu não quero mais que seja assim. Não porque eu precise, mas porque eu desejo. Não porque eu seja frágil, mas porque em teus braços sou mais forte.
Cuida de mim não com a cobrança de um pedido, mas com a urgência de uma entrega. Porque deixar-se ser cuidada por alguém é se entregar.
(postado por Vida às 6:30 PM em Oct 15 2006)
* * *
Foi engraçado a "Vida" dizer isso (com o perdão do trocadilho...).
Não tinha pensado, mas no meu medo de dizer "eu te amo" (toda vez que digo isso, alguma coisa ruim acontece... cedo ou tarde... Ah! deixa pra lá!) jamais pensei que a tal frase "cuida de mim" seria até mais importante. E é. Pelo menos, agora.
Hoje você me fez abrir um pouco mais meus olhos. E ver o quanto sou frágil de tão forte. Poético, né? Mas tão concreto quanto fibrocimento, pré-moldados em geral.
Sou assim, um turbilhão de sensações que, mesmo como um estudioso do comportamento humano (sou ator, diretor, dramaturgo, enfim, humano também), não me entendo (completamente) em momento algum.
Eu sentia vontade de dizer uma frase diferente do tão inseguro "eu te amo". E hoje sei que frase é essa. Graças a você.
Mas, assim como você, eu a deixarei guardada em meu peito, à espera de "ouvidos muito especiais"...
Obrigado por você existir, amiga.
Obrigado mesmo.

E não pare nunca de escrever!

(Guilherme Ramos)
sábado, 16 de dezembro de 2006 0 comentários

Procura-se um anjo...

Os anjos são tão somente homens em sua presença. Não estão livres da eterna tentação - e nem querem estar - eles te amam.

(Guilherme Ramos)
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Simplicidade

Se as melhores coisas da vida são simples, por que não as pessoas?

(Guilherme Ramos)
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006 2 comentários

28, 05, 12.

28, 05, 12...
O têm esses números?
Não são (todos) pares...
Não são (todos) ímpares...
Não são (todos) primos...
Pra falar a verdade, nem sei se são "parentes"!
(Nessa hora, uma gargalhada ecôa em minha mente)
Desculpem, perdi a compostura...
(Outra gargalhada. Dessa vez, bem mais longa e com reverb)
Sou assim mesmo (nessa poesia) inconsequente.
Só sabe o segredo, quem o provou com vinho tinto.
Doce, suave, gelado...
Bem acompanhado.
28, 05, 12...
Sempre nessa seqüência.
28, 05, 12...
Nunca diferente.
28, 05, 12...
O têm esses três números?
Herméticos.
Somente para iniciados.

(Guilherme Ramos, 13/12/2006, 21h59)
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72 Horas...

72 horas.
Foi o tempo que levei para escutar sua voz novamente.
Onde, aparentemente, houve um silêncio ensurdecedor,
Também houve muitas coisas boas que, talvez,
Enquanto estávamos colecionando más notícias,
Não as tenhamos percebido... Mas nos perdido.
O fim de semana foi de sol.
(Como poucos foram) Lindo (e quente!)
Mas choveu de madrugada...
E veio o cheiro de terra molhada...
E aquele friozinho gostoso, que pedia você...
E seu perfume, no travesseiro,
Também pedia mais de sua presença.
Caiu o primeiro dente de leite do meu sobrinho
(Ritos de passagem...)
Ele, agora, deixa de ser "criança", né?
Ah! E a mãe dele passou no vestibular!
(Mais um rito de passagem...)
Por falar em "mãe", a minha comprou condimentos,
À espera de mais uma "intervenção gastronômica" sua;
E Ricky (o gato) – desaparecido há meses - não apareceu,
Mas seus filhotes foram vistos nas redondezas... (lindos!)
Eu escrevi mais poesias...
Eu escrevi mais pensamentos...
Eu pensei em mais contos...
Eu tive mais (bons) sonhos...
Eu pensei em você (todos os dias)
E tantas outras coisas
(também boas)
Aconteceram...
Em 72 horas...
(4.320 minutos...)
(259.200 segundos...)
Que levei para escutar você novamente...

(Guilherme Ramos, 13/12/2006, 15h55)
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Trouvaille*

Três terças-feiras tornaram-se
Tudo o que tivemos.
Totalmente tomados pelo teor
De nossas teses, tentamos ver
Na televisão, toda a técnica de Tarantino.
No tocante à teatralidade,
Temíveis foram as tendências.
Todos torciam (contra?) terrivelmente.
Tensões à parte, tendíamos à
Ternura do temperamento (meu e teu).
Tentações à parte, tentei me conter.
Nesse teste, obtivemos o tentável.
Tenros momentos? (Não...)
Terremoto nos teus sentimentos.

(Guilherme Ramos, 13/12/2006, 17h19)

(*) Do francês, "descoberta feliz; idéia espirituosa; achado".
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"Moraes" da História...

Que me desculpem as burras, Sr. Vinicius, mas inteligência, sim, é fundamental!

(Guilherme Ramos)
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Dor

Cada dor é sentida
na sua real (e merecida)
intensidade máxima.

(Guilherme Ramos)

(Espero que você, leitor(a), tenha as menores dores possíveis... Se, claro, não puder evitá-las!)
sábado, 9 de dezembro de 2006 1 comentários

Gelo em Chamas

Nunca pensei que, com o tempo, as pessoas pudessem se tornar tão amargas. Angústias, decepções, tristezas, irritações... Por que tanta coisa precisa acontecer conosco? Por que tanta coisa ruim acontece às pessoas (ditas) boas?

Seríamos, nós, conseqüências disso tudo? Bem, fenotipicamente, sim. Mas e nossa (boa) carga genética? Nossos “dons” naturais? Nada valem? Nada contribuem para o nosso bem-estar? Há controvérsias.

Fora a miopia que me persegue desde pequeno (e eu só a descobri em 1987), os dentes tortos (herança de meu pai) e uma ou duas coisinhas irritantes, minha genética só me deu alegrias.

Mas a experiência que a vida me proporcionou nesses 34 verões (ou seriam 34 outonos? – bom, não foram nem primaveras, nem invernos, ao menos), teria me matado de tristeza em muitos aspectos. E, assim, as lamúrias vem e vão como água do mar: salgada e torrencialmente.

Sinto-me, às vezes, um iceberg vagando pelo oceano. Frio, pesado, perigoso... à deriva. Mas apenas sua extremidade é visível. Por baixo d´água, é onde mora o perigo: uma enorme e maciça massa submersa a espera de um incauto navegante. Uma tragédia potencial. Um risco de aproximação.

Entretanto, como qualquer iceberg, nem por isso, estou à vista. Sou apenas um inocente bloco de gelo no mar. Gelo esse, que poderia muito bem acompanhar um uísque, uma vodka, ou qualquer bebida destilada (para os cultos); quente, para mim.

“Gelo em chamas”, eu sou. E não tente me entender. Você pode se apegar a mim, gostar de mim, mas nunca vai me conhecer realmente. Não que eu não queira. Nem EU me conheço de fato. Infelizmente, claro. Tenho um certo domínio sobre mim. Isso é importante para não me tornar anti-social, ou um “porre de galocha”. Melhor diria, se usasse o termo “ressaca de galocha”, porque um “porre” de vez em quando é bom.

E nessa frieza latente, fico sorridente, à vista das pessoas. Como o tal iceberg, à deriva no mar (de relacionamentos). Sou belo, se admirado com cuidado. Perto demais eu posso machucar. Por incrível que pareça. É, eu também sei fazer isso. É fácil ser difícil.

Se estou sempre sorrindo, sorte sua, pois ninguém merece conhecer meu mau-humor. Nem eu mesmo me suporto. E desejar isso a você seria, no mínimo, descortês. Por isso, mesmo triste, irritado, tento ser “simpático”. Isso é difícil. Passível de falhas. Mas eu acho que consigo. Por isso você acha que gosta de mim. Pela minha imperfeição. Igual a sua (a perfeição é um saco).

No momento estou assim. E o mundo não precisa saber disso.

Ah! Você me entendeu? Não. Não mesmo. Você apenas leu um texto advindo de um surto criativo, exposto no ciberespaço como uma tatuagem – nem sempre tão agradável.

Chamam de “blog”.

Eu bem que poderia chamar de ficção.

Seria isso... ou não?

(Guilherme Ramos)

(Trechos do que eu poderia tornar mais um texto teatral. Mas será que as pessoas precisam de mais “isso” nas suas vidas?)
sábado, 2 de dezembro de 2006 0 comentários

Vivendo uma Experiência Bárbara...

Poesia? Pra quê?
Música? Pra quê?
Pensamentos... em você.
Nenhuma arte conseguirá traduzir o que sinto agora.
Sinto.
Por mim.
Por você.
Por nós.
Sinto muito não ter visto (nem sentido) isso há mais tempo.
Nem poderia, pois seria impossível.
Mundos diferentes girando ao redor de seus sóis...
Dias e noites de rotação, translação e revolução.
Ah! Muita “revolução” aconteceu.
Guerras começaram, outras acabaram...
Pessoas se casaram, outras se separaram...
Assim é o mundo.
O universo conspirador onde vivemos.
Onde queremos estar,
Mesmo que nas fronteiras do sonho.
E esperamos a noite cair pra nos entregar ao senhor dos desejos humanos...
Morpheu, meu amigo inseparável...
Mostra-me o caminho para esse coração.
Você que o conhece tão bem de suas noitadas insanas.
Das horas de sonho bom.
Comigo, comigo, comigo...
Três vezes foram... e serão mais que sonhos!
E viver assim só não é melhor que realiza-los.
De certa forma, real ou imaginária,
Eu sou assim.
Você é assim.
Nós somos assim.
E, mesmo que não dê certo,
Eu sei que ela me fez (faz) muito bem.
Isso é o que importa.
Quando o amor lhe bate à porta,
Abra (não seja teimoso)
O resto - real ou não - realmente se suporta.
E, acredite: é uma experiência bárbara...

(Guilherme Ramos)
quinta-feira, 30 de novembro de 2006 0 comentários

Constatação IV

Não posso dizer que vou passar o resto da vida com você, mas quero passar o máximo dela ao seu lado.

(Guilherme Ramos, 28/11/2006)
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Príncipes, Rosas e Raposas

E lembre-se do "Pequeno Príncipe" (Antoine de Saint-Exupery, aviador e escritor francês, 1900-1944):

(...)

E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos. (...) Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante. (...) Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... Repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

(...)

Somos TODOS príncipes, rosas e raposas. É só uma questão de oportunidade. Quem é você... "hoje"?

(Guilherme Ramos)
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Inteligência...

Como (bem) disse uma amiga minha:

"Inteligência é afrodisíaco."

Talvez, por isso, tantas mulheres preferem estar sozinhas hoje em dia...

(Guilherme Ramos)
domingo, 26 de novembro de 2006 1 comentários

26/11/2006, 10h30: meu aniversário

Ok, ok, ok...

Isso não é bem um post tradicional (poesia ou prosa) – como o tenho (pouco) feito. Já não escrevia aqui faz tempo. Falta de tempo? Não, acho que de “vergonha”! Um amigo-poeta meu já me puxou as orelhas dizendo que um blog precisa ser alimentado sempre. É assim que funciona. Mas eu sou teimoso...

Pois é. Agora, decidi fazer um aniversário diferente. Antecipei a festa, bebi todas (e mais algumas), diverti-me muito, vi e revi amigos, fiquei encantado, fiquei bobo, fiquei com sono... E dormi.

Hoje, realmente o dia que seria o dia mais feliz da minha vida (quando vim ao mundo), decidi fazer as coisas diferentes desses últimos 34 anos. Resolvi “dar-me de presente a mim mesmo”. Faz tempo que eu não tirava um dia só pra mim. Assim como o blog, eu precisava me atualizar regularmente. E o fiz. Aproveitei pra inserir algumas poesias e pensamentos meus antiguinhos...

Vou sair um pouco, olhar o mundo de forma diferente, ficar de bobeira pela cidade. Já andei olhando para a paisagem e vi modificações. Serei eu o culpado por não notar tais mudanças? Ou será que houve modificação física e eu, alienado, não notei? Hum... Cabe um processo de reconhecimento, né? Né.

Gostaria de escrever algo novo hoje. Até tenho algum material (são poesias novas), mas acho estratégico guarda-las para um pouco mais tarde. Todos entenderão. E, espero realmente que gostem dessa minha “nova” fase.

Então, o que dizer mais?

Parabéns para mim.

E para vocês que, agora, têm um pouco mais para ler. E me conhecer.

(Guilherme Ramos)
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Constatação III

Cada um constrói o seu caminho... alguns de asfalto, outros de espinho.

(Guilherme Ramos, 14/07/2005)
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REFLEXÕES SOBRE NÓS MESMOS...

“De certo modo, porém, pequeno e secreto, cada um de nós é um pouco louco... No fundo, todos se sentem sós e querem ser compreendidos; mas nunca podemos entender inteiramente outra pessoa, e cada um de nós permanece meio estranho até para os que nos amam.

Os fracos é que são cruéis; só se pode esperar a brandura dos fortes. Os que não conhecem o medo não são realmente valentes, pois a coragem é a capacidade de enfrentar o que se pode imaginar.

Compreendemos as pessoas melhor se olharmos para elas - por mais velhas ou imponentes que pareçam - como se fossem crianças. Pois a maior parte de nós nunca amadurece, apenas fica mais alta.

A felicidade só chega quando impelimos os nossos cérebros e corações aos extremos de que somos capazes. O objetivo da vida é importar - contar, representar alguma coisa, fazer com que a nossa vida conte (...)” algo.

“(...) Faça isso agora, pois esse momento não dura para sempre. Está desaparecendo depressa e nunca mais voltará. (...) A maior parte de nós passa a vida chorando o passado. Tarde demais! Mas ainda há milhões de momentos por virem. (...)”

“Cada dia eu faço um voto de não tentar resolver todos os problemas de minha vida de uma vez. Nem espero que você o faça. (...)”

“Para começar o dia, vou procurar aprender uma coisa nova sobre mim e sobre você e sobre o mundo em que vivo, para poder continuar a experimentar todas as coisas como se tivessem nascido agora.

Você nunca é a mesma pessoa. (...)” Muda a cada segundo. Quando ler estas palavras, será diferente. Quando refletir sobre elas, será diferente. Quando resolver guardá-las para si - ou não - será diferente. O mundo gira, você o acompanha... e muda (mas prefiro até usar outro termo. Você acorda para sua verdadeira imagem e semelhança: seu EU verdadeiro. Especial e único).

“Para começar cada dia, vou-me lembrar de comunicar a minha alegria, bem como o meu desespero, para podermos nos conhecer melhor. Para começar cada dia, vou-me lembrar de escutar você de verdade e procurar ouvir seu ponto de vista, e descobrir o meio menos ameaçador de lhe dar o meu, lembrando-nos de que estamos ambos crescendo e mudando de cem modos diversos. Para começar cada dia vou-me lembrar de que sou um ser humano e não exigir a perfeição de você, até eu ser perfeito. (...)” Enquanto as outras pessoas procuram ser perfeitas, eu gosto de você por sua imperfeição - assim, você me parece mais humana - e eu me sinto até mais a vontade, ao seu lado.

“Para começar cada dia, eu me lembrarei de estender a mão e tocar em você delicadamente, com meus dedos. Pois não quero deixar de senti-la. Para começar o meu dia, vou-me dedicar novamente ao processo de ser amante, e depois ver o que acontece.

Sabe, estou mesmo convencido de que, se fôssemos definir o amor, a única palavra bastante grande para englobar tudo seria “vida”. O amor é a vida em todos os seu aspectos. E, se você deixa de ter o amor, deixa de ter a vida. Por favor não faça isso.”

“Ame muitas coisas intensamente, porque a medida de você como amorosa é a intensidade e quantidade de seu amor. Lembre-se de que todas as pessoas mudam, especialmente as relações humanas, e, para mantê-las, temos que mudar com elas. Faça com que a mudança seja no crescimento. Certifique-se de que (...)” você está crescendo “(...) constantemente (...)” junto com alguém “(...), mas separadamente. Na sua vida, procure pessoas sadias, que ainda se lembram de rir, amar e chorar. Lembre-se de que o sofrimento não só ama companhia, como também a exige. Não queira ter nada a ver com isso.”

“Vivemos muito juntos. Assim, o nosso principal objetivo na vida é ajudar os outros. Se não puder ajuda-los não os prejudique.” (Dalai Lama)

“Cada um de nós está só neste mundo vasto, momentaneamente banhado por um raio de sol. E de repente cai a noite.” (Quasimodo - poeta italiano)

Se ficarmos juntos, “(...) podemos partilhar do sol e, acredite, a noite não parecerá tão assustadora.”

(Trechos extraídos do livro “Vivendo, Amando e Aprendendo” - Felice Leonardo Buscaglia. Comentários e adaptações (em itálico) de Guilherme Ramos.)
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Crônicas de Akhaii (fragmento)

Guardo em meu peito lembranças maravilhosas
Dos bons momentos em que estivemos juntos
(E até mesmo distantes...)
Mas nem sempre podemos realizar os sonhos
Que temos um com o outro.
Tudo bem, se essa é a realidade
Que o destino nos reservou,
Contentemo-nos plenamente
E aproveitemos cada segundo,
Cada sim e cada não...
Cada talvez, um ou outro momento de felicidade...
De igualdade e paixão.
Não nos preocupemos com o passado, ele já passou.
Não sonhemos (apenas) com o futuro...
Vivamos o presente, sempre ausente em nossas vidas,
Por causa de nossas aspirações cegamente impostas por nós mesmos.
Será que podemos fazer tudo o que queremos?
Será que podemos fazer tudo o que?
Será que podemos fazer tudo?
Será que podemos fazer?
Será que podemos?
Será?
Só depende de nós mesmos...
E boa sorte em sua jornada!

(15/09/97)
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Teatro-Redação

Vejo um espetáculo teatral como uma redação bem redigida:

O tema – O texto
A estrutura – A produção
As palavras – O elenco
A ortografia – A equipe técnica
A pontuação – A direção
A leitura – A platéia
A nota – Os aplausos
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Quando você quiser pensar

Se a tristeza for algo muito forte em sua vida...
Se seus sonhos acabaram e você acordou sozinha, num quarto escuro...
E sua alegria sumiu, numa lágrima insensata...
Não diga que está sofrendo em vão ou que a vida é ingrata...
Olhe para o espelho e encontre a razão de todos os seus erros...
Perceba que no mundo não há só desgraça...
Que os opostos se enfrentam, mas também se atraem...
Se há alguém que pode mudar tudo, esse alguém é você...
Enfrente o mundo de braços abertos...
A força é inimiga da afeição...
“O que tiver de ser, será”...
Só assim você descobrirá que não há sombras apenas na escuridão...
Mas, nos cantos do nosso coração. A luz está tão perto...
É o amor que sentimos por alguém e queremos que sintam por nós...
As pessoas podem até se evitar por toda uma vida...
Mas, o amor é eterno.
A gente se vê na próxima encarnação!

(24/10/93 - 0:43 h)
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Constatação II

Quando não se sabe o que fazer
e tudo parece ficar bem mais difícil...
É hora de parar a brincadeira e refletir sobre nossos atos
(quase sempre inconscientes)
É hora de acreditar que nada é impossível;
só devemos pensar no porquê de tanta dificuldade...
É hora de crescer;
de aprender a sonhar sem se enganar;
de poder enxergar a verdade com os olhos fechados...
É hora de saber que, apesar dos pesares,
ainda posso contar com alguém ao meu lado.
É hora de agradecer...
Obrigado por você existir!

(26/01/94)
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Um Anjo e Eu

(baseada na música “we never dance”, de Martha Davis)

Entre o céu e a terra
Dançam muitos casais
Em um grande salão.
Por entre nuvens (como a chuva)
Não há mais mentira (ou dor)
Não há mais ilusão.

Mas nunca dançamos.
Que não seja tarde demais...
Já fomos amigos
(e mais que isso!)
Quando nos veremos novamente?
Afinal, não estamos perdidos.

Não importa para onde ir,
Como vamos; não sabemos...
Mas não faz a menor diferença
Qual rumo tomaremos.

Pois à sombra do passado
Há um futuro incerto...
Minha esperança será lembrar (de tudo)
E ter você por perto.

Tudo o que sonhamos
Será, um dia, parte de nossa realidade.
Sinto muito por sonhar demais...
Foi sempre assim, é verdade.

Há um espelho em nossa alma
Que só reflete o que vê
E não o que somos.
Tenho medo de fechar os olhos
E só assim poder te ver
Sem ser nos meus sonhos...

Mas o fiz...
Acordei sonhando
(ou será que sonhei acordado?)
As janelas se abriram
Mas as portas se trancaram
E o caminho foi fechado...

Foi aí que vi as estrelas
(chorando por mim) cadentes...
E mil pedidos feitos,
Realizados - tão freqüentes.

Os anjos foram às ruas.
Foi assim, um anjo e eu...
Estamos juntos aqui.
Não sei como, mas aconteceu.

O sol não sumiu à noite,
Mas a lua apareceu...
E em um abraço, beijaram-se
Num eclipse (tudo escureceu).

A nossa vontade
Sempre foi feita de equívocos...
Mas a vida é uma eterna missão.
Sim, estamos juntos... agora.
Para sempre?
Não, até a próxima lição.

(02/10/94)
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Cúmplices

Eu tenho medo da dor
De uma paixão.
Eu tenho medo do amor
E da solidão.

Mas o que eu posso fazer,
Se eu nasci pra viver
Nessa ilusão?

Como é que eu vou te dizer,
Se até esquecer
Eu já não sei não?

Tenho medo de fechar os olhos
E só assim poder te ver...
Ilusão, sonho, verdade...
Na realidade, quem é você?

Estamos juntos nisso, agora:
Somos cúmplices de um amor sem fim.
Meu amor, não vá embora.
Não quero que tudo acabe assim...

(31/08/94 - 01/09/94)
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Mago e Aprendiz

Um olhar (letras)... uma voz...
Inexplicável, atroz...
Quem sabe, não diz...
Não fala, não quer...
Resiste, insiste...
Loucura qualquer...

Passível aprendiz...
Seu jeito condiz...
Fala, sonha, ri...
Sua forma sutil...
Se faz, se desfaz...
Em um nome, outros mil...

Constante libido...
Ser doido varrido...
Eu creio no sim...
Futuro: verei...
Verdade: saudade...
Destino: não sei...

(06/08/96)
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QuiroMANIA


Rastros de silêncio
Pelas linhas do destino
Em minha vida, na sua mão...

A sorte está lançada:
Cartas ao acaso...
Em nossa vida, o sim (um não).

(Guilherme Ramos, 26/11/2006. Mas não sei se foi criada nesse dia...)

Imagem: Google.
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Ontem, Hoje e Sempre

Ontem, eu acordei sonhando.
A noite me pareceu extremamente longa...
Veio o sol, beijou a lua, e eu não consegui mais dormir.
Quem, afinal, poderia fazê-lo - pensando em você?
Sonhando contigo; vivendo em seu mundo;
Somente nós dois... sempre a sorrir.

Hoje eu acordei sonhando.
E sonhando acordado passei todo o dia;
A tarde, a noite inteira, com você... só você.
Mas, vem a noite querendo me vencer
Pra me levar aos seus braços... e eu fui.
Mas, se é só um sonho, eu não quero acordar.

Amanhã vou acordar sonhando;
Sonhando acordado; querendo você - de verdade.
Basta de fantasias!
E em pensar só na saudade, entrego-me ao contentamento.
De ter você só um momento...
Eterno, como a nossa realidade.
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Canção da Noite

Crianças da noite...
Jovens demais para traçar
Seus próprios destinos.
Mas o que é o futuro,
O espaço, o caos,
Se não mais que filhos
De uma noite sem fim?
Lua cheia, noite escura...
Tem muita gente
Que não sabe o que procura.
Nem eu, nem você,
Ninguém pode saber.
Só o mistério da luz
Pode desvendar
O enigma que está por chegar
(Guardado dentro de nós...)
Sou conseqüência de mim mesmo.
Mesmo assim, nem sei quem sou!
Desesperadamente louco por alguém
Que eu nem mesmo sei quem é...
Criaturas do céu,
Sombras na terra.
Só o pó que cria, pode destruir.
Só o criador sabe o segredo da vida.
Só a vida sabe quando acabar.
E não é por minha causa
Que tudo isso vai mudar!

(21/08/93)
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Canção da Noite II

Meia noite... madrugada.
Não há ninguém pra conversar.
Há pouca luz na minha estrada...
Muitos segredos pra desvendar.

Ser um só na multidão,
Estar-se só eternamente...
Não há razão pra solidão.
O que fazer daqui pra frente?

São só caminhos que foram cruzados
Em momentos tão loucos, perdidos...
São futuros, presentes, passados...
São pecados, nem sempre esquecidos...

São anjos, os que estão na rua, eu sei.
Todos nós temos medo um dia...
Pense um pouco no que se vê agora...
Pois se há alguém que chora, eu lhe diria:

“Mesmo estando triste...
Estou em paz, também.
E mesmo estando só...
Estou com Deus, amém”.

(12/08/94)
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Constatação

E outros que virão...
Podem dizer “eu te amo” sorrindo
Mas nunca, jamais, sentirão
O que eu estou sentido...
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Qualquer Estação

Quis acordar de um sonho bom.
Era o melhor a fazer por mim.
Eu já não sei mais acordar assim,
Sozinho...

Quem sabe até eu possa estar errado
Em não querer sonhar mais acordado
E ser feliz no fim.

E até mesmo no verão
Ou em qualquer estação
(Sem você aqui...)
O inverno está em mim

Como o sol deixou saudade
Veio a lua, a felicidade,
Pra depois fugir de mim...

Como a vida, na verdade,
Pura sorte, realidade,
Sonho puro, chega, fim.
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Inspiração da Meia-Noite

Se a meia-noite soubesse o que sinto
Choraria toda uma madrugada
De chuva, de vento, de frio,
De solidão... na rua alagada.

Não há mais calor em minha mão
Não há mais corpo para afagar
Perdeu-se: o sentido da paixão
Encontrou-se: o medo de amar.

Nem sempre o caminho é tão certo
Nem sempre há um atalho por perto
E quase nunca sabemos o que fazer

Mas nasce outro dia, uma nova manhã...
Nem sempre é vazia, a noite, ou tão vã
Pois tudo é momento, como o amanhecer.

SSA, 21/03/97 (00:38 h)
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Ciganas

Entre sonhos e realizações,
Rostos, corpos e canções...
Entre a vida e a morte,
Cartas, vinhos e sorte...

Não há alegria sem tristeza,
Ódio e guerra, sem amor e paz.
Não há confiança sem incerteza.
A coragem do homem, o medo é que faz.

Entre homens e mulheres,
Garfos, facas e colheres...
Entre banquetes e fogueiras,
Bandejas, jarros e fruteiras...

Não há festa sem carne e vinho;
Ciganas, sem charme e paixão.
Não há intrigas em seu caminho;
Não há problemas sem solução.

(18/04/94 - É, andei remexendo no baú... Encontrei mais essa.)
sábado, 26 de agosto de 2006 0 comentários

Xeque-Mate!

A vida é um inferno
Bem gostoso de viver.
Em que condições eu sinto medo?

Pensar: “Mentira!”; dizer: “Verdade!”;
Viver sonhando; sentir saudade;
Falar sozinho; guardar segredo.

Mudanças, abstrações, solidão em mim...
O que vi foi (só) reflexo. Era o seu ou não?
Foi-se perdendo no (meu) universo:
Atitude, conseqüência e razão.

Verdade ou loucura
Você é assim (eu, sou assim!):
“Não faço mais parte, adeus
(Eu já fiz minha parte, você já fez a sua)”
Xeque-mate e... fim.

(Velhinha, essa poesia... 15/06/95. Mas achei que já era hora de mostrá-la... Vá entender!)
quinta-feira, 6 de julho de 2006 0 comentários

... Inacabado...

E eu vi seu rosto sumir em brumas
como montanhas na velocidade dos pumas
Sorri, chorando sem parar
sem crer, agir ou perguntar
Vi o invisível, venci o invencível
Tornei-me um bruto... intangível

Houve um tempo de tormento e dor
Houve o vento, folha e flor
Houve sentimento... Ouve? Houve.

Sua tristeza, inexata
como lágrimas na chuva
fiquei a procurar.

Sozinho chorei...
Sozinho fiquei...
Com mais ninguém falei... Falhei.

Meu coração é vazio...
Como a madrugada, frio.
Perigoso negro rio...
Raivoso cão vadio.

(Essa outra inspiração minha - já faz um tempinho - foi selecionada para compor a antologia poética "Diversos", livro publicado em outubro de 2005 pela Andross Editora/SP.)
domingo, 11 de junho de 2006 2 comentários

12 de junho

Esse conto veio como um relâmpago em minha mente já há alguns dias. Coisas de escritor. Irresistível. Incontrolável. Foram só as minhas férias se aproximarem e a mente começou a colher dados do cotidiano. Não é uma história real, mas bem que poderia ser. Inspirada em duas cenas que presenciei semana passada: um singelo acidente e uma cena que se repete quando volto do trabalho para casa - aí, já viu, né? Experimentei juntar as peças e deixar a criatividade rolar. Deu no que deu. Só tive tempo de colocá-lo no papel (e na Net) hoje. Que bom, fica como homenagem ao Dia dos Namorados!

Todos os dias ele a via. Devia estudar por ali.
Era sempre sandália de dedo, saia acima dos joelhos, blusa de alça fina no ombro. O cabelo, sempre penteado, impecável. Maquiagem discreta, como quem não quer chamar atenção.
Mas chamava. A dele.
Foi então que o destino (ou seja lá o que for) deu “uma forcinha”. Por um descuido, uma pedra no meio do caminho, ela perdeu o equilíbrio. Sua reação foi rápida – boas pernas – não caiu. Mas seus livros, bolsa e demais “etceteras” foram abaixo. Uma ótima oportunidade para ele que, num gesto rápido, correu ao seu auxílio.
- Posso ajudar? – perguntou docemente e, mesmo sem uma resposta dela, partiu para recolher o que estava espalhado.
Ela não respondeu. Ficou impressionada com a gentileza do rapaz, coisa incomum, nos dias de hoje. Mas deu um sorriso. E que sorriso.
Ele foi realmente rápido. Em poucos segundos estava de pé, frente a frente dela, com tudo arrumado e limpo.
Os dois se olharam por segundos, em silêncio, até que ela resolveu quebrar o impasse.
- Obrigada. Não sei como posso agradecer.
- Me dá seu telefone.
Ela riu. Arrancou um pedacinho de papel de seu caderno, pegou uma caneta bem colorida e anotou os oito dígitos tão desejados. Entregou.
Ele também deu uma risadinha.
- Você não entendeu. Eu quero o celular. E a bolsa também. Isso é um assalto.
terça-feira, 6 de junho de 2006 1 comentários

No início (ainda) era o caos...

Bem, é isso aí.

Eu resisti, resisti... mas, aos poucos, fui "voltando" ao mundo virtual.
Sim, voltando, porque...
No passado era um vIRCiado.
Agora, depois de tanto tempo, voltei a fazer sites...
Aí, veio o ORKUT... (e eu passei muuuuito tempo para entrar nele)
Agora, passo muuuito tempo nele (que sacanagem...)
Se vocês ainda soubessem "quem" me apresentou ao ORKUT, não acreditariam...
E essa, agora dos blogs?
Bem, acho que é a tendência mesmo.
E isso foi por causa de uma necessidade minha.
(Re)descobri que nasci para escrever. Não tem jeito. É isso mesmo.
Agora, estou escrevendo um livro. Já fazia isso, mas em partes. Histórias isoladas; sonhos partidos; coisas soltas...
Eu preciso me comunicar com o mundo. Preciso mostrar um pouco de mim e de minhas idéias.
No início (ainda) era o caos...
Esquecendo a religião (e de que hoje é 06.06.06), achei que o título era bem apropriado afinal, do caos vem a ordem... Já a recíproca... se for como meu quarto, ai, ai, ai, ai, ai...

Bem, sejam bem-vindos ao meu humilde lar (de escritor). Aqui vocês conhecerão meus mundos, personagens, histórias...
Quem sabe, um dia, elas não "vingam" e alcançam as estrelas?

Obrigado a todos por tudo (tudo mesmo).

E que venham os Filhos do Sempre!
 
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