Esse conto veio como um relâmpago em minha mente já há alguns dias. Coisas de escritor. Irresistível. Incontrolável. Foram só as minhas férias se aproximarem e a mente começou a colher dados do cotidiano. Não é uma história real, mas bem que poderia ser. Inspirada em duas cenas que presenciei semana passada: um singelo acidente e uma cena que se repete quando volto do trabalho para casa - aí, já viu, né? Experimentei juntar as peças e deixar a criatividade rolar. Deu no que deu. Só tive tempo de colocá-lo no papel (e na Net) hoje. Que bom, fica como homenagem ao Dia dos Namorados!
Todos os dias ele a via. Devia estudar por ali.
Era sempre sandália de dedo, saia acima dos joelhos, blusa de alça fina no ombro. O cabelo, sempre penteado, impecável. Maquiagem discreta, como quem não quer chamar atenção.
Mas chamava. A dele.
Foi então que o destino (ou seja lá o que for) deu “uma forcinha”. Por um descuido, uma pedra no meio do caminho, ela perdeu o equilíbrio. Sua reação foi rápida – boas pernas – não caiu. Mas seus livros, bolsa e demais “etceteras” foram abaixo. Uma ótima oportunidade para ele que, num gesto rápido, correu ao seu auxílio.
- Posso ajudar? – perguntou docemente e, mesmo sem uma resposta dela, partiu para recolher o que estava espalhado.
Ela não respondeu. Ficou impressionada com a gentileza do rapaz, coisa incomum, nos dias de hoje. Mas deu um sorriso. E que sorriso.
Ele foi realmente rápido. Em poucos segundos estava de pé, frente a frente dela, com tudo arrumado e limpo.
Os dois se olharam por segundos, em silêncio, até que ela resolveu quebrar o impasse.
- Obrigada. Não sei como posso agradecer.
- Me dá seu telefone.
Ela riu. Arrancou um pedacinho de papel de seu caderno, pegou uma caneta bem colorida e anotou os oito dígitos tão desejados. Entregou.
Ele também deu uma risadinha.
- Você não entendeu. Eu quero o celular. E a bolsa também. Isso é um assalto.
Todos os dias ele a via. Devia estudar por ali.
Era sempre sandália de dedo, saia acima dos joelhos, blusa de alça fina no ombro. O cabelo, sempre penteado, impecável. Maquiagem discreta, como quem não quer chamar atenção.
Mas chamava. A dele.
Foi então que o destino (ou seja lá o que for) deu “uma forcinha”. Por um descuido, uma pedra no meio do caminho, ela perdeu o equilíbrio. Sua reação foi rápida – boas pernas – não caiu. Mas seus livros, bolsa e demais “etceteras” foram abaixo. Uma ótima oportunidade para ele que, num gesto rápido, correu ao seu auxílio.
- Posso ajudar? – perguntou docemente e, mesmo sem uma resposta dela, partiu para recolher o que estava espalhado.
Ela não respondeu. Ficou impressionada com a gentileza do rapaz, coisa incomum, nos dias de hoje. Mas deu um sorriso. E que sorriso.
Ele foi realmente rápido. Em poucos segundos estava de pé, frente a frente dela, com tudo arrumado e limpo.
Os dois se olharam por segundos, em silêncio, até que ela resolveu quebrar o impasse.
- Obrigada. Não sei como posso agradecer.
- Me dá seu telefone.
Ela riu. Arrancou um pedacinho de papel de seu caderno, pegou uma caneta bem colorida e anotou os oito dígitos tão desejados. Entregou.
Ele também deu uma risadinha.
- Você não entendeu. Eu quero o celular. E a bolsa também. Isso é um assalto.
2 comentários:
É, meu amigo... Que sorriso ela tinha! Você ligou pra ela? Ah, sim, desculpe, era um assalto, digo, não é fato, apenas uma criação. Mas que sorriso ela tinha! Meu amigo! [sorrio]
Muito bom, Guilherme! Obrigado pelo convite! Fico feliz que tenha curtido a desgraça de Armelau. [sorrio novamente] Abraço!
Muito bom o seu texto. Gostei da ironia e da crítica que você apresentou. De fato, esse 12 de junho, é bem mais corriqueiro na nossa realidade do que a idealização romântica que as pessoas projetam nessa data. Fiquei surpreendida com o desfecho e ri muito com esse triste fim (vai entender, né?!). Parabéns!
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