Não
sei o que escrever.
Mas
preciso escrever.
Tenho
o coração cheio de algo que não sei explicar.
Perda?
Mágoa? Tristeza? Rancor? Sentimento misterioso, percorre o corpo, sem
explicação. Sem orientação. Sem rumo. Sem nada. Talvez seja isso: uma incrível
sensação... de nada.
O
nada possui muitas coisas. Paradoxal? Nem tanto. Pensemos assim: se o nada tem
dimensões mínimas, inexistentes, o que se acumula ao seu redor? Como poderíamos
denominar a área contígua ao nada? Seminada? Quase nada? Tudo? Sim, porque tudo
está em volta do nada. E, sem o todo como referência, não existiria o nada. Confuso.
Mas coerente. Não poderíamos confirmar uma presença, se não houvesse a ausência.
O que é estar presente em algo? E o que é estar ausente? Uma coisa não existe
sem a outra.
Não
haveria a existência se não houvesse a inexistência. Olhemos o ar. Ele está sem
nada? Não. Há milhares de substâncias invisíveis, seres vivos, enfim... Não há
nada para se ver, ou seja, inexiste uma visão, mas há uma infinidade de
existências.
E,
nessa confusão toda, só existe um nada absoluto. Ou absolutamente nada. Você
escolhe.
(Guilherme
Ramos, 18/10/2011, 01h14. Último post do ano. Que ele sirva para "energizar" minhas ideias e preparar minha mente para novas postagens... em 2012! FELIZ ANO TODO pra tod@s!!!!!)
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