sábado, 31 de dezembro de 2011

Desabafo Quântico


Não sei o que escrever.

Mas preciso escrever. 

Tenho o coração cheio de algo que não sei explicar. 

Perda? Mágoa? Tristeza? Rancor? Sentimento misterioso, percorre o corpo, sem explicação. Sem orientação. Sem rumo. Sem nada. Talvez seja isso: uma incrível sensação... de nada.

O nada possui muitas coisas. Paradoxal? Nem tanto. Pensemos assim: se o nada tem dimensões mínimas, inexistentes, o que se acumula ao seu redor? Como poderíamos denominar a área contígua ao nada? Seminada? Quase nada? Tudo? Sim, porque tudo está em volta do nada. E, sem o todo como referência, não existiria o nada. Confuso. Mas coerente. Não poderíamos confirmar uma presença, se não houvesse a ausência. O que é estar presente em algo? E o que é estar ausente? Uma coisa não existe sem a outra.

Não haveria a existência se não houvesse a inexistência. Olhemos o ar. Ele está sem nada? Não. Há milhares de substâncias invisíveis, seres vivos, enfim... Não há nada para se ver, ou seja, inexiste uma visão, mas há uma infinidade de existências.

E, nessa confusão toda, só existe um nada absoluto. Ou absolutamente nada. Você escolhe. 

(Guilherme Ramos, 18/10/2011, ‏‎01h14. Último post do ano. Que ele sirva para "energizar" minhas ideias e preparar minha mente para novas postagens... em 2012! FELIZ ANO TODO pra tod@s!!!!!)

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