Copos & Corpos (ou "Porque Somos tão Dispensáveis")

Copos...

... Cheios,

Corpos...

... Vazios,

Copos...

... Quentes,

Corpos...

... Frios,

Copos...

... Trocados,

Corpos...

... Tocados,

Copos...

... Temperados,

Corpos...

... Suados,

Copos...

... Rachados,

Corpos...

... Sofridos,

Copos...

... Achados,

Corpos...

... Perdidos,

Copos...

... Quebrados,

Corpos...

... Fechados,

Copos...

... Partidos,

Corpos...

... Despedaçados,

Copos...

... Amontoados,

Corpos...

... Sozinhos,

Copos...

... De prazer,

Corpos...

... De vinho,

Copos...

... Inquebráveis,

Corpos...

... Vulneráveis,

Copos...

... Retornáveis,

Corpos...

... Descartáveis,

Copos...

... Aquecidos,

Corpos...

... Resfriados,

Copos...

... Esquecidos,

Corpos...

... Isolados,

Copos...

... Arremessados,

Corpos...

... Atravessados,

Copos...

... Guardados,

Corpos...

... Usados,

Copos...

... Molhados,

Corpos...

... Malhados,

Copos...

... Recicláveis,

Corpos...

... Siliconados,

Copos...

... Plásticos,

Corpos...

... Flácidos,

Copos...

... Modernos,

Corpos...

... Clássicos,

Copos...

... Coloridos,

Corpos...

... Pervertidos,

Copos...

... Sem graça,

Corpos...

... Divertidos,

Copos...

... Mofados,

Corpos...

... Estragados,

Copos...

... Fodidos,

Corpos...

... Mal pagos.

(Guilherme Ramos, 30/03/2010, 12h56)

Nem adição, subtração ou divisão. Às vezes, somos apenas PRODUTO.

Questão de ","

Podíamos ter feito, amor...
Podíamos ter feito amor.

(Guilherme Ramos, 23/03/2010, 23h54)

Pensar é Preciso?

Penso, logo insisto.
Penso logo, insisto.
Penso. Logo. Insisto.
Enfim...

(Guilherme Ramos, 23/03/2010, 19h27)

Motivo(s)

Eu só queria o seu retorno...
Nada mais para complicar.
Mas, olhando o meu entorno,
Há motivo(s) para (re)começar?
Não. Não consigo explicar.
Poderei repetir, mas devo insistir:
Deixe eu me expressar!
O que tenho cá, comigo,
Está carcomido, comprimido,
E, num instante, esquecido.
(Quer apostar?)

(Guilherme Ramos, 27/01/2010, 17h58 e 09/03/2010, 17h39)

Mimo

Me nina,
Menina,
Me mima...

(Guilherme Ramos, num dia desses; numa hora daquelas...)

20 de Março, Dia do Blogueiro!

PARABÉNS a tod@s que fazem a blogosfera! Tá atrasadinho, mas, tá registrado. Uma informação repassada pelo Jr. Vilanova. Quer saber mais? Clique na figura acima (ou no seu nome), que ele explica tudo direitinho... Abraços!

Como o Tempo

O trabalho come o meu tempo;
Meu tempo come o seu tempo;
Nosso tempo comido (contigo e comigo)
Só consegue ficar perdido.

Como, sim! Como não?
Como como? Com fusão?
Como assim? Como são.
Comoção? Ah! Confusão!

(Guilherme Ramos, 09/03/2010, 17h39)

Em homenagem ao "Dia da Poesia", 14/03. E que a inspiração não acabe nunca!

Canção

A sua idade, média, não me seria inquisição.
Esperaria, sim, o tempo que fosse preciso,
Mesmo que meus pés criassem raízes no chão,
Mesmo que, por você, eu saísse ainda mais ferido.

Não é só questão de libido. Mas não sei bem o que é:
Amor, guerra santa, afronta ou sei lá mais o quê...
Fica a questão, confusão, cerceada de solidão.
E, só, fiz essa canção... para lembrar você:

A mente só mente, somente, em dizer
Que a alma perdoa, doa a quem doer.
Corpo presente, mesmo quando ausente,

Numa dor que, levemente, dá um pouco de prazer.
Memento mori (lembre-se de que vai morrer):
Num futuro passado, presente há de ser. Para sempre.

(Guilherme Ramos, 08/03/2010, 15h59)

Se (Não) Fosse...

Se não fosse o riso,
O que seria?
Se ria.
Do que se ria?
Seria da melodia.
Se rio, sério,
Qual (outro) ser ia
Ser séria melodia?
Ir-se-ía...
(Ou não se ia?)
Só se iria
Se o ser que ia
(Um ser que ria)
Só, ria (e sorria)
Fosse você, João;
(Ou não...)
Fosse você, Maria.
(Mas ria!)

(Guilherme Ramos, 22/02/2010, 23h20)