Vem
de antes da guerra, o sentimento que cultivo para nós dois.
A
colheita vencerá a entressafra, as intempéries e todas as pragas.
Meus
cuidados são os melhores: para o agora, o antes e o depois.
Minhas
esperanças são mais fortes do que as lâminas das espadas.
Viver
plantando você em mim e eu em você, tem sua vantagem:
É
um cultivo prazeroso, romântico, dedicado e autossustentável.
Não
há opção senão dedicar-se e até enfrentar alguma estiagem,
Mas
no fim, não há tristeza: só há amor e carinho. Meigo, afável.
Toda
e qualquer guerra tem seu fim. Não há quem lute sempre.
Morrem
vilões, heróis, corajosos, covardes, enfim, morre gente.
Não
há exceção que subjugue a temida regra: está vivo? Morre!
Mas
nossa colheita resiste. Renasce. Cresce. Firme. E sobrevive.
Saciando
a fome de dois amantes - eu e você - no mundo livre...
Nosso
amor-livre está a salvo. Ele vive. Solto. Anda, voa, corre!
(Guilherme
Ramos, 10/12/2013, 18h30.)
Imagem: Google.
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