"Para que a arte possa ser arte, não se lhe exige uma sinceridade absoluta, mas algum tipo de sinceridade. Um homem pode escrever um bom soneto de amor sob duas condições - porque está consumido pelo amor, ou porque está consumido pela arte. Tem de ser sincero no amor ou na arte; não pode ser ilustre em nenhum deles, ou seja no que for, de outro modo. Pode arder por dentro, sem pensar no soneto que está a escrever; pode arder por fora, sem pensar no amor que está a imaginar. Mas tem de estar a arder algures. De contrário, não conseguirá transcender a sua inferioridade humana."
(Fernando Pessoa, in "Heróstato")
Vasculhando e-mails antigos, deparei-me com um trecho de Pessoa (enviado de um amigo para uma amiga, que me enviou... e por aí foi.). Simplesmente, o máximo! O trecho, a amiga e o amigo dela! Sem essa combinação, vocês não estariam lendo isso agora! Rssss...
2 comentários:
ou nós embriaguemos de arte ou bebamos do amor, mas sublimar no papel o que estar nos consumindo por dentro seja artisticamente ou emocionalmente
Lindo, Gui!
Tudo a ver com o seu espaço, tudo a ver com você!
Obrigado pela(s) visita(s) e pelas palavras.
Jr.
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