Apesar das constantes contestações,
homens amam, sim. Muitos negam. Outros tantos fingem não saber do que se trata.
Talvez, por uma defesa (indefesa), uma necessidade de ser o mais forte em todos
os sentidos. “Sentir” é sinal de fragilidade. E fragilidade é coisa de mulher.
Mulher é que é o “sexo frágil”. Nossa! Quanta bobagem em tão poucas linhas, não
é mesmo?
Homens sentem. Muito. Sentem
falta de alguém, mas preferem não dizer a ninguém. Talvez a um amigo mais
próximo, companheiro de futebol, de bar, de saideira. Mas sentem. Expressar o
que sentem é que foi podado pela sociedade – que prega que homem não deve
chorar, não deve se emocionar, deve ser forte como uma rocha indestrutível e
rude – pelo bem da humanidade.
Foram homens fortes – e
não sensíveis – que defenderam suas pátrias do inimigo.
Foram homens fortes – e
não sensíveis – que salvaram princesas de dragões.
Foram homens fortes – e
não sensíveis – que iniciaram mais guerras sem sentido. E sem fim.
Foram homens fortes – e
não sensíveis – que escravizaram princesas, estupraram plebeias, enfim, foram
eles próprios piores que os “dragões”.
Então, para que escolher
essa carapaça sem sentido que é “ser forte”? O que é ser forte, senão ter
argumentos falhos para explicar sua estupidez e sua falta de bom senso? Ou
ainda: ser o que se quiser ser, em prol de uma lei barata que se espalha no
mundo e nos traz apenas infelicidade? De que adianta ser forte, sem paz
interior? De que adianta ser forte, se não temos amor no coração? Se não há
alguém para partilhar os bons e maus momentos? Ser forte é isso? Para mim, isso
é ser fraco.
Porque quando um homem ama,
ele se põe de igual para igual com qualquer um. Ele é único. Possui um sentimento
nobre, livre de aberrações do passado.
Quando um homem ama,
ele usa toda a sua força por esse amor.
Quando um homem ama,
ele vence os limites da dor, do frio, da fome, em nome desse amor.
Quando um homem ama,
ele é poeta, músico, massagista, dançarino... mas também pode ser militar, médico,
maluco, sadomasoquista...
Quando um homem ama,
ele desanda. E faz tudo o que uma mulher quer. Tudo o que ela precisa. Tudo o
que ele precisa. Faz porque faz. E nada mais importa.
Quando um homem ama,
ele cuida de sua mulher, sua prole, sua família.
Quando um homem ama,
ele é forte, fraco, não importa: ele quer apenas amar.
Amar e ser forte.
Parece incoerente, mas reflitamos: existe, no mundo, alguma coisa mais forte do
que o amor?
Ame. Primeiro. Seja
forte, por consequência.
Mas assuma. Sobretudo,
as consequências.
(Guilherme
Ramos, 25/11/2013, 18h30.)
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