Arcádia, madrugada.
- E NUNCA! NUNCA MAIS VOCÊS SERÃO AS MESMAS! Irão pagar! Cada milímetro de sua bondade idiota irá transfigurar-se em ódio! ÓDIO DA HUMANIDADE contra vocês! NOJO! Ninguém conseguirá mais olhar para vocês sem desejar matá-las! Esse é o legado que eu deixo. Essa é a maldição que eu lanço! AGORA!
E num gesto rápido, Aphelle de Phebbe pôs a perder toda uma existência. Ninguém, no alcance de seu olhar restava impune. Ninguém, em toda Arcádia, superaria o feitiço. O ódio de uma fada das sombras é indefensável. O ódio, em si, é atributo dos brutos. De sentimento. De coração. A força malévola do caos instaurou-se nos poros de cada ser presente e os fez sucumbir – um a um – até nenhum deles restar. Nem mesmo Aphelle. Agora, havia apenas insetos. Baratas. Rastejando por todo o lugar. Transbordando por todos os cantos, transbordando pelas margens do mundo faérico, infestando as cidades dos homens. Como uma praga. E, como tal, precisava ser erradicada.
*
Aqui, pela manhã.
Acordar não era tarefa fácil para todos. Principalmente aos domingos. A difícil vontade de ficar na cama era mais forte que qualquer coisa. Daí, a visão de uma barata, em cima das cobertas, pareceu o incentivo necessário para que...
(...)
(Guilherme Ramos, 15/11/2013, 00h52. Uma nova história que está por vir. Aguardem...)
Imagem: Google.
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