Ausência, a sua, faz tanto mal para mim,
Quanto me faz a asma, que me nega o ar.
Busco, em vão, ter de você um "volto, sim",
Mas sua não-presença só causa mal-estar.
Bronco-diletante, dilato o verbo errante,
Procuro desasfixiar meu já sofrido pulmão.
Febre, dor, insônia, infecto-contagiante,
Entorpece-me a vida; enfraquece o coração.
Mórbido pensar; mais ainda: falar, sentir.
Não desejo isso a ninguém, não vou mentir.
Tal sofrimento é apenas para minha pessoa.
Não sou louco, apenas sei que você tem a cura.
Seu sorrir, seu chorar, sua presença mais pura,
Para eu me sentir melhor, não viver tão a tôa.
(Guilherme Ramos, 18/11/2013, 16h33. Doente. Pelas ausências que a vida nos proporciona.)
Imagem: Google.
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