terça-feira, 19 de junho de 2012

Contos que não se contam (parte 1)

1.

Sabe o que é foda? O que é foda mesmo? É você sair para mais um “servicinho”, esperando encontrar algo normal, do seu métier e se fuder todo. Tem noção disso? Não? Ah!... Eu devia saber. A pior parte de contar algo para amadores, é que eles jamais alcançarão o cerne de seu conhecimento...

- Estou sendo duro demais com você, baby boy? Oh! Poor baby boy! Poor baby boy!...

Não, não estou sendo cruel com você que me lê... Por que faria isso? Foram palavras de outra pessoa. Se é que posso chamar “aquilo” de “pessoa”.

Tá. O lance foi o seguinte: estava eu, em mais uma noite regada a vodka red bull e, juro por todos os santos, a fim de descanso. Mas, o celular tocava sem parar. Foram mais de 20 chamadas. De um mesmo número. Desconhecido. Realmente não tava a fim de atender. Mas, fazer o que, né? A curiosidade bate e você vacila. E atende a porra do telefone.

- Eu sei que você não quer trabalhar hoje à noite, mas preciso de você. – dizia a voz, suave como um veludo de 600 dólares (o metro!). – no SMS tem meu endereço. E o preço do serviço.

- Putaquepariu!!!! Tudo isso????? Deve ser uma puta de uma roubada! – Gritava minha intuição. Mas eu escutei? Claro que não! E segui noite a fora; rua à dentro, rumo ao desconhecido...

*     *     *

(Guilherme Ramos, num exercício de escrita automática em 19/06/12, 1h54. Fruto de uma insônia que dura dias... E aí? Continuo a escrever esse conto? Rssss...)

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