Mas não foi
assim, sempre.
Já foi moça.
Cheirava à
juventude, à inocência, à curiosidade. E na sua busca por algo que jamais
compartilhou, encontrou.
Ficou
assustada, no início, mas depois... Depois foi bom. Muito bom. Ficou seca,
ficou molhada. Ficou. E ficou novamente. Não conseguia mais parar.
Ele era
excitante. Seu cheiro de homem maduro era mais do que ela podia resistir.
Sentia-se protegida, adorada, amada, idolatrada... Salve, salve!
E os momentos
de prazer foram únicos. Mas precisavam parar. Sua juventude amadureceu e
precisava partir. Seguir com sua vida. Crescer.
Foi confuso
explicar que gostava tanto daquilo que precisava parar. Porque era sonho. E sonhos
são interrompidos pela manhã. No seu melhor momento. Era isso que os fazia
inesquecíveis. Duráveis. Memoráveis.
Sempre
queremos sonhar esses sonhos novamente. Quase sempre fracassamos. Eles não se
permitem repetir. Quase que nos incentivando a ter... outros. Diferentes.
Maiores. Melhores.
Como ele foi
para ela. E, tal qual um sonho bom, precisava acabar. Para recomeçar, num outro
momento. Com outra pessoa. Nunca igual. Deveria ser melhor. Porque ele foi e
sempre será inesquecível. Instigador. Inspirador. De certa forma, renovável. Como
o ar que respiravam: substituído por outra quantidade de oxigênio.
Haviam lhe
ensinado que isso se chamava “amar”. Mas não aprendeu essa lição. Preferiu ser
autodidata e, como em toda obra de arte, precisava começar com um rascunho, um
esboço. Ela decidiu começar tudo de novo.
Até dizer que...
Era noiva.
Mas não foi
assim, sempre...
(Guilherme
Ramos, 05/04/2013, 2h31. Quando eu só queria... dormir.)
[Mais um conto da série... "Sobre Mulheres e Fêmeas"...]
[Mais um conto da série... "Sobre Mulheres e Fêmeas"...]
Imagem: Google.
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