E, aí, você escolhe ser artista porque deseja se
utilizar da matéria dos sonhos para ser feliz.
E, aí você decide se apaixonar por alguém que também
deseja a mesma coisa.
E, aí, vocês seguem caminhos diferentes. Iguais,
apenas os sentimentos um pelo outro.
E, aí, você vê o tempo passar e nada mais diferente
acontecer.
E, aí, você descobre que ser artista é sentir muito
mais do que muitos tentam esconder.
E, aí, você se lembra daquela pessoa maravilhosa, que
um dia esteve ao seu lado. Que o destino, funesto, separou vocês.
E, aí, percebe que a vida é sua. Totalmente sua. E
nem mesmo o destino tem nada com isso.
E, aí, você pega sua mochila e corre atrás de seu
amor, porque sabe que seus sonhos de nada adiantam sem ele ao seu lado.
E, aí, você não o encontra. O mundo é grande o
bastante para afastá-los a cada nova rotação e translação.
E, aí, você vive um momento simbólico de luto e a
emoção se aquieta.
E, aí, quando menos espera, a pessoa ressurge do nada
e, num sorriso, faz tudo voltar outra vez. O coração acelera, os olhos brilham,
a poesia ressurge...
E, aí, sua inspiração também retorna, com se nunca
tivesse lhe emprestado nenhuma palavra. E você escreve sem parar.
E, aí, você percebe que está sonhando acordado, no
desejo de que suas aspirações se realizem e que seu amor – ainda ausente – retorne.
E, aí, pode ser que volte. Também pode ser que não.
E, aí, você se dá conta de que amou – de verdade – na
vida.
E, aí, descobre que é preciso amar novamente.
E, aí, você escolhe ser artista porque deseja se
utilizar da matéria dos sonhos para ser feliz.
(...)
E, aí?
(Guilherme Ramos, 06/10/2013, 00h07.)
Imagem: Google.
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