Depois, já foi agora. Mas, pego
de surpresa, desistiu de ser e se foi. Para num outro momento se tornar. Mas
sem certeza absoluta. Porque depois é um tempo sem tempo. É distante. É reticente.
É... depois.
E, depois, pode ser tarde demais:
Depois eu conto. Depois eu faço. Depois eu ligo. Depois eu vou. Depois
eu dou. Depois eu. Depois você. Depois, ninguém. Depois, depois...
Que mal há no agora?
Agora eu conto. Agora eu faço. Agora eu ligo. Agora eu vou. Agora eu
dou. Agora eu. Agora você. Agora, nós. Agora, agora!
É tão mais animador! Agora, você
pode fazer tudo. Depois, não fará nada. Agora, você é. Depois não sabe se é. Porque
a vida é feita de ações. E deixar para depois nada mais é que... evitar o
momento. O presente. Muitas vezes, abandonar o evidente.
Enfim, depois, depois, não diga que eu não avisei...
(Guilherme Ramos, 12/05/2013, 21h09.)
Imagem: Google.
1 comentários:
E isso ai é tão EU!
Como você diz: A Rainha do Depois.
Péssimo defeito, eu sei! Mas rendeu esse texto. Então, que ótimo que tenho ele. rrsrsrsrsr
bjus
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