segunda-feira, 21 de abril de 2008 6 comentários

Insone Sonhador

Eu tenho me sentido muito só.
Mas não é uma solidão de gente, sabe?
É um querer estar acompanhado de "boas palavras".
É tudo o que não tenho hoje.
Como um insone que procura o sono perdido,
Eu, tão perdido quanto, procuro por você.
Um sonho-verdade que me aconteceu
E (re)acontece todo dia.
Às vezes sou vazio,
Às vezes sou grosso,
Às vezes sou tudo,
Ou quase nada.
Mas sou eu, sabe?
Tenho sido sincero em muitas coisas.
Somos assim.
E gostamos disso um no outro.
Mas tem horas que me sinto inseguro.
Sozinho numa multidão de gente conhecida.
E que eu queria conhecer só você.
Estar com você.
Você "ME" entende?
Me perdoa pelas vezes que pareci ser outra pessoa?
Você "SE" entende?
Eu (ainda) tô aprendendo.
E faço isso comigo e com você.
Como é difícil entender o ser humano!
Estou num turbilhão de emoções terrível.
E grandes silêncios me assustam.
Não quero ser mais um ponto de pressão sobre você.
Só quero fazer parte do seu cotidiano;
Apenas isso.
Mas tem sido difícil.
Não vou perguntar o porquê.
Não quero pensar no porquê.
Mas continuemos a jornada...
A situação parece com aqueles momentos
Na vida de um aprendiz de magia.
Você estuda os grimórios,
Mas precisa guardar o conhecimento pra você.
O mundo não pode ter acesso aos mistérios arcanos.
É assim que me sinto.
Guardo dentro de mim sentimentos
Que não posso expressar tão cedo.
Sonho em poder expressa-los todos os dias
Sonho sempre com isso.
Porque foi num mês que a magia começou a ser estudada;
Em outro, a mesma foi lançada.
Chegou mais um e seus efeitos têm se multiplicado...
Em mim;
Em você (também?),
Mas uma "abascante" personalidade
Mantém seus resultados distantes de mim...
Seria pra nos proteger da tal "Lei de Choque-de-Retorno"?
(o que foi lançado, retorna 03 vezes mais forte pro lançador)
Pois que me seja retornado 3000 vezes!
Posto que só foi... a-m-o-r.

(Guilherme Ramos, qualquer hora, de qualquer dia, em qualquer ano...)
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(M)Eu-Mundo

Não tenho um mundo
Para partilhar com alguém
Sou "um mundo" a ser partilhado
E isso não é fácil
(Sei disso muito bem...)
Sou feito de palavras
(Algumas, errantes)
De destinos atrozes
(Com resultados ferozes)
De desejos diletantes
(Por vezes, irritantes)
De terríveis algozes
(Ex-heróis, sem suas vozes)
Mas toda armadura tem uma falha
Toda fortaleza, uma porta desguarnecida
E assim, como numa guerra sem sentido,
(Por mais que não queiramos)
Causamos dor a quem amamos.
Seja pela espada,
Seja pela palavra...
E esta última (tão primeira)
É bem mais perigosa
(mas nem sempre verdadeira)
Palavras errantes,
Destinos atrozes,
Diletantes desejos,
Terríveis algozes.
Destinos algozes,
Diletantes ensejos,
Terríveis, atrozes,
Errantes desejos.

(Guilherme Ramos, de 14/04/2008, 18h05 a 21/04/2008, 21h48)
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Mesmo Erro (Same Mistake)

(James Blunt)

Então, enquanto me viro nos lençóis
E novamente não consigo dormir
Saio pela porta e sigo pela rua
Olho as estrelas sob meus pés
Recordo de justos que tratei mal
Então, aqui vou eu

Olá, olá

Não há nenhum lugar que eu não posso ir
Minha mente é enlameada mas
Meu coração é pesado, ele mostra
Eu perco a trilha que me perde
Assim aqui vou eu

E assim eu mandei alguns homens à luta,
E um voltou em mortos da noite,
mencionando “tê-lo visto meu inimigo?”
mencionando “olhou apenas como eu”
Assim eu ajustei-me para fora para cortar a mim mesmo
E aqui vou eu

Não estou pedindo uma segunda chance,
Estou gritando com toda a força da minha voz
Me dê a razão, mas não me dê a escolha,
Porque eu farei apenas o mesmo erro outra vez,

E talvez um dia nós nos encontremos
E talvez iremos conversar e não apenas falar
Não cobrar as causas das promessas
Não há nenhuma promessa que eu mantenho,
E minha reflexão me incomoda
Assim aqui vou eu

Não estou pedindo uma segunda chance,
Estou gritando com toda a força da minha voz,
Me dê a razão, mas não me dê a escolha,
Porque eu farei apenas o mesmo erro

Não estou pedindo uma segunda chance,
Estou gritando com toda a força da minha voz,
Me dê a razão, mas não me dê a escolha,
Porque eu farei apenas o mesmo erro outra vez

Assim enquanto eu virar em meus lençóis

E uma vez outra vez, eu não posso dormir

Caminhar, abrir a porta e sobre a rua

Olhar as estrelas

Olhar as estrelas, caindo para baixo

E eu quero saber aonde,

Eu errei.

* * *

A mais nova música do James Blunt. Sabem quem é? O mesmo que canta "You're Beautiful". Olha, quando escutei "Same Mistake" pela primeira vez, gostei da melodia, mas confesso que pensei que a letra não era lá essas coisas; algo meloso, pra variar. Não é que me ENGANEI??? Adoro quando cometo um erro desses! A você, que lê a tradução, deleite-se como eu o fiz... E vida longa ao Blunt! Que ele continue compondo desse jeito! Eu ainda chego nesse patamar... Rssss...
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Beijo Tinto

(Luiz Siqueira de Lima Neto)

Nos lábios do vinho, o beijo.
Na boca da taça o gosto da boca amarga.
Na ponta do escuro, os dedos.
Descobrindo caminhos entre bocas e pêlos.
Nos lábios do vinho o desejo;
A vontade de ter, querer, de poder...
No silencio do olhar,
Vendar para desvendar.
No gole do cigarro,
De acender o vinho.
Alimentando as batidas ininterruptas
De um alado coração machucado,
Dividido, partido entre razões e razões...
No sabor da fumaça o balé do tinto,
A embriaguez moral do amor,
Na volúpia de vontades reprimidas
No fundo dos copos manchados
De vermelho.
Nos lábios do outro o gosto do beijo,
No outro do ninho os efeitos do vinho.

‘Nos verbetes de uma garrafa a vontade de estar longe, de aproximar-se do ser para deixar de não ser, no atraso da paixão, uma canção para embalar a dor e a frustração. Nos lábios do vinho, palavras, disparadas, jogadas contra o nada que te consome, consomem e não te respondem nada (pelo menos não o que você quer ouvir), no último pingo, as lágrimas...’

Poema do meu amigo Luiz Siqueira de Lima Neto e pode ser acessado no blog http://umpoucodoeuquecabedentrodenos.blogspot.com.
quinta-feira, 17 de abril de 2008 2 comentários

Saudade III

Saudade é doce,
Saudade é sal...
Saudade, tanta, amigos,
Será normal?

(Guilherme Ramos, numa noite qualquer de "saudade"...)
segunda-feira, 14 de abril de 2008 2 comentários

Solidão do Sol

No momento estou em (re)construção.
Não é nada grave.
Talvez seja crase,
Algum momento agudo,
Circunflexo, exclamativo
Ou simplesmente plural.
Na verdade, estou me (re)conhecendo.
Momentaneamente me (re)compondo.
O ano que passou não foi discreto
Veio repleto de mudanças.
(Algumas abruptas!)
Não houve tempo para nuanças.
E o que mudou em mim,
Talvez não lhe agrade...
Talvez te apaixone...
Talvez seja certo...
Talvez só engane.
Mas o que sinto,
Pode ter “plena” certeza,
Que na mais simples “beleza”,
Vivi séculos, num instante.
Mas o tempo cobrou o seu dízimo
E sonhos (tão em dupla sonhados)
Despertaram suados...
Sozinhos, isolados.
Quem procurou alguém,
Encontrou ninguém ao seu lado.
Fica o (meu) conserto à mercê do desejo
E a canção, então tocada em RÉ bemol,
Reféns de um concerto (quase mudo)
Porque depois do vinho de seu beijo,
Só me restou a solidão do sol.

(Guilherme Ramos, 14/04/2008, 21h28)
quinta-feira, 10 de abril de 2008 1 comentários

CICLOS DA VIDA...

Ciclos? Tá certo. Não aceito. Estou errado? Como você pode me censurar se não sabe os meus motivos? Acredite: nem tudo que começa precisa ter seu fim. É uma questão de escolha. Mas a escolha tem que ser SUA. Não se deixe influenciar pelos outros. Afinal, de quem é a SUA vida? Acabou? Boa sorte... E comecemos pelo texto abaixo (Que desconheço o autor. Se alguém souber, pode me dizer que darei os devidos créditos).

"Conhecei de tudo, e guardai o que é bom!" disse Paulo, portanto repasso a sua critica: SEMPRE é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesma que não dará mais um passo, enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação, com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante [por mais doloroso que seja!] destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração, e o desfazer-se de certas lembranças, significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante! Encerrando ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és... E lembra-te: "Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão."

(Autor Desconhecido)
quarta-feira, 9 de abril de 2008 0 comentários

Plena de Beleza

Talvez eu queira (sem maldade) sentir seu corpo junto ao meu.
Talvez eu sinta (em minha saudade) muita vontade de outro beijo seu.

(Guilherme Ramos, 09/04/2008, 2h25)
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Sem Tino

E quando eu pensei que tinha crescido (me convencido) de partilhar meu viver,
Estilhaçava, de modo estranho, mas tão medonho, meu jeito de ser.
Foi tudo assim, tão repentino, sem qualquer chance de explicação;
Coisa sem tino, medo de menino. Talvez, destino; talvez, ilusão.

(Guilherme Ramos, 09/04/2008, 2h22)
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O Atraso do Amor

O Momento perdeu-se no movimento anterior. Exatamente sem que ela soubesse, as palavras ficaram amarradas no canto interior da garganta. Um gosto de desgosto na saliva grossa, a fabricação de verdades ou de desculpas com cheiro de justificativa é interrompida pela língua que invade a boca pela última vez; os dentes cerrados do outro (ela), fechando a porta do beijo último. Lábios deprimidos, comprimidos, trêmulos... a dor escorre esverdeada das narinas... o soluço é trilha sonora; o vermelho dos olhos lavados acena despedida; mãos renunciadas, braços agarrando o vazio, o dia nublado de melancolia; passos que acordam calçadas. A vida vai indo, seguindo, persistindo, resistindo em não olhar para trás. Erupção sanguínea nas artérias, adrenalina embriagando a dor, mas a súplica é por morfina, pois o amor chegou ao fim. Ou foi assassinado pela omissão, ou ainda - quem sabe - foi demitido por chegar sempre atrasado. A paixão parece sempre pontual (sempre irresponsável), sempre presente, diferente da rotina do amor que mantém distantes aqueles que estão muito próximos: eu, você... e nós.

(Julien Costa, madrugada de 06 de abril/2008)
Não, não fui eu quem escreveu esse texto. Mas (talvez) como você que me lê, tenha sentido isso; passado por isso. 2007 foi um ano cheio de surpresas... E, para variar, houve também despedidas. Despedidas pelas quais chorei (sim, chorei...) e me recordo até hoje. Boas lembranças, claro. Mas só lembranças, agora. Triste isso, não? Quando achamos que encontramos paz, fugimos dela; quando pensamos que aprendemos a lição, erramos novamente. E sofremos. Fica o aprendizado, então... e uma saudade "plena de beleza".
terça-feira, 8 de abril de 2008 0 comentários

Quem sou eu

(Viviane Araújo)

Mansidão quando lagoa. Valentia quando mar. Fácil de amolecer, difícil de quebrar. Fechada, mas nunca em si mesma. Insuportavelmente sincera. Em alguns momentos, insuportável apenas. Devaneio momentâneo e equilíbrio a muito custo. Ciumenta, mas controlada. Bonitinha sem ser ordinária. Menos corpo, mais alma. Convence com idéias ao invés de comover com lágrimas. Acredita na lei de ação e reação. Só se expõe se for ao sol, pois não se aquece com mormaços. Puramente intensidade. Quase sempre ansiedade. Não é auto-suficiente, mas engana bem. Intuição, instinto, telepatia. Frágil, carente e até mortal, embora negue. Ainda crê no ser humano. Mas há dias em que crê, também, que nem todos são humanos. Guia de labirintos. Faxineira emocional. Dança, ritmo, calor e trabalho. Vai do samba ao tango sem quebrar o salto. Se tem fome, devora. Se tem sede, transborda. Emoções complexas, pensamentos tortos, mas em constante evolução. Inteira em tudo o que faz. Divide tudo o que é. Moderna só no que lhe convém. Redondamente quadrada. Fiel, leal. Garimpeira de amor. Não gosta de matemática, talvez porque ache secundário contabilizar. Pés descalços, mãos que buscam, olhos atentos. Quando insegura, disfarça. Quando faltam palavras, abraça. Firme, mas maleável. Perigosamente persuasiva. Inofensivamente menina. Acha tão importante saber ganhar dinheiro quanto saber gastar. Otimista desenfreada. Sonha sim, mas sempre por etapas. Riso fácil, pranto contido, gargalhada exagerada. Mais perguntas do que respostas. Mais garra do que exaustão. Alguém permanentemente em construção.

Ai, ai, ai... Por isso sou apaixonado pelas palavras dessa mulher.

Viviane, Vida, é algo inexplicável. E, ao mesmo tempo, algo simples de entender. É mulher. E das boas. Pena não ser... "das Alagoas"! Rsss...


Beijos, minha paixão-irmã-de-letras!!!
quarta-feira, 2 de abril de 2008 0 comentários

1º de Abril (Não Sou...)

Não sou presente, nem sou ausente
Não sou do norte, não sou do sul
Não sou tão “frio”, nem “caliente”
Não sou vermelho, não sou azul
Não sou do dia, não sou da noite
Não sou bondade, nem sou maldade
Não sou a pluma, nem sou o açoite
Não sou um sonho, nem realidade
Não sou um anjo, nem sou demônio
Não sou inverno, nem sou verão
Não sou divórcio, nem matrimônio
Não sou de paz ou de confusão
Não sou tão calmo, nem sou aflito
Não sou pecado, nem sou virtude
Não sou tão pobre e nem tão rico
Não sou um caos, nem quietude
Não sou dezembro, nem sou janeiro
Não sou um grosso, nem sou gentil
Não "sou" parte e não "sou" inteiro
"Estou": primeiro de abril.

(Guilherme Ramos, 02 a 09/04/2008, 2h08)
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Ferida

Você tem a sua vida;
Eu também tenho a minha.
Mas (sem cuidados) até que ponto
Uma ferida pode cicatrizar sozinha?

(Guilherme Ramos, 02/04/2008, 2h25)
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Poesia com Chocolate (porque é Páscoa...)

Chocolate amargo.
Porque muito doce faz mal.
Meio amargo, talvez
Pra contentar, coisa e tal...
Mas não estou tão bem assim.
Notícias do front me desanimaram.
Há guerra em tudo que se deseja.
Há guerra em tudo que se despreza.
Há guerra.
E apenas ela.
Sempre.
Ela mente (?)
Estamos no meio dela.
Mesmo quando fingimos estar em nosso lar.
Uma guerra fria...
Como um sorvete sem gosto.
Isso existe? Sim...
(Principalmente quando estamos... resfriados)

(Guilherme Ramos, 23/03/2008, 23h38)
 
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