quarta-feira, 19 de março de 2008 0 comentários

Aos Desavisados

O Ministério das Relações adverte:

SER ROMÂNTICO DEMAIS PODE SER PREJUDICIAL A SUA SAÚDE.
(Como se alguém parasse de fumar, quando lê algo parecido num maço de cigarros...)
(Guilherme Ramos, 24/03/2008, 10h59)
terça-feira, 18 de março de 2008 1 comentários

Ela

Quem é ela?
Quem será?
Quem sabe?
Deixa o tempo mostrar...
Talvez ela não tenha nascido
Ou tenha nascido em um outro lugar.
Talvez ela esteja casada, noiva
E eu não pertenço ao seu "amar".
Talvez esteja se separando
E não pretende se apaixonar.
Talvez esteja separada,
Tenha até me conhencido
E, por me achar "caso perdido",
Desistiu de me procurar.
Isso tudo me parece sina
Difícil mesmo de se livrar.
E, numa hora dessa, o que me resta?
É preferível sorrir ou chorar?
Talvez um, talvez os dois
Mas, também, viver e viver e sonhar.
Até que com ela (a tão sonhada)
Eu possa, enfim, me encontrar.

(Guilherme Ramos, 18/03/2008, 1h48 - alguém pode me dizer onde está meu sono???)
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Febre

Foram os 39 graus
(De domingo para segunda)
Que me fizeram pensar.
O que diabos estou fazendo da vida?
O que pretendo com isso ou aquilo?
Quero viver numa festa ou... num asilo?
Não me interprete mal.
Não me interprete bem.
Não pense que me conhece
(ou desconhece também)
Eu sou assim mesmo.
Não me leve (tão) a sério.
(Sou um caso sério...)
Mas sou o melhor do que pode encontrar em mim.

(Guilherme Ramos, 18/03/2008, 1h12 - talvez, ainda, febril...)
sexta-feira, 14 de março de 2008 1 comentários

Tempo de Espera

Quanto tempo há
No momento de esperar,
Na forma de “se trazer”,
No instante de “se chegar”?
Porque a impressão de quem aguarda
Parece (um pouco) com saudade,
Lembra (um vulto de) esquecimento,
Mas é muita ansiedade!
Fosse eu, o “causa-dor”, ao menos,
Coração não sente o que não vemos
Mas ser um “sofre-dor”, a mais,
Não me interessa. Jamais!
Importa, sim, a chegada.
E a festa que se faz.
Não quer ir embora?
Isso eu quero sempre mais!
Mas quanto tempo pode haver
Para esboçarmos uma reação,
Pleitearmos, sem noção (e rir)
Um (novo) lugar (legal) pra ir?

(Guilherme Ramos, 14/03/2008, 18h18)
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P O E S I A

Poeira, pó de letras mofadas na estante da memória, traças degustando pensamentos, digerindo sentimentos, defecando conceitos contraditórios da inspiração.
Onde vivem os poetas? São eles vampiros, sedentos de tinta naquim? Vivem eles na escuridão das idéias pré-formadas ou deformadas pela inquietação?
Estariam eles (nós) entre nós (eles)? Seria o “sol” que os mata, a “lua” que nos encanta? Ou decantam os álcoois de desencanto? Ondem se escutam lamentos propositais (e nada mais...) do mais puro abascanto?
Sinto, em meu sangue, puro absinto. E, por pior que seja para mim, será o melhor que lembro de ti. Para que (só) isso na poesia? Para deixa-la vazia?
Impossível não ser contraditório na imensidão de dúvidas que precede a existência da poesia propriamente dita, desmentida pelo desafeto, escondida por Platão, solicitada por Vênus e exigida por Eros. A mais bela expressão do “dizer” está apreendida e repreendida no olhar malicioso e inocente, que registra no ar, a possibilidade do “sim” preencher a vazia cama de papéis dobrados e encardidos.
Ah! E por que (só) sentir? Por que não “viver” a poesia? Viver na poesia? Viver poesia... Ser Criador e Criatura (ao mesmo tempo) e promover a elegia? Sem saber, ao menos, se versos ou prosas poderão explicar o que sinto. Ou sentimos. Falta tino. É repentino, mas... é o que é. Nada mais.
E só para quebrar o acróstico, a poesia é um livro com cheiro de maresia, torcendo para ser aberto, plagiado, modificado; a poesia, enfim, será reciclada e esquecida.
FELIZ DIA DA POESIA!
(Guilherme Ramos e Julien Costa, 14/03/2008, 00h46)
quarta-feira, 12 de março de 2008 0 comentários

A arte de não adoecer

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.

Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.
Se não quiser adoecer - "Tome decisão"
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões.
Se não quiser adoecer - "Busque soluções"
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.
Se não quiser adoecer - "Confie"
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.
Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste"
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.
(Dr. Dráuzio Varella)
***
Acho que é por isso que eu não adoeço facilmente... Rsss...
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Tentação

É um olhar assim,
Que se mostra sincero...
Que mostra o caminho
Do perigo ou da salvação.
É algo que toca o espírito,
O corpo, o sangue e o coração.
É algo que não existe, mas...
Só quem é (muito) forte resiste...
A esse tipo de tentação.
É preciso falar mais...
Ou não?

(Guilherme Ramos, 12/03/2008)
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Quando "Amo"...

Amo de um jeito atípico, que nem mesmo um abalo sísmico consegue me deter.

(Guilherme Ramos, 08/01/2008, 20h17)
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Presságio

(Fernando Pessoa)

O AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
sábado, 8 de março de 2008 1 comentários

Não...

Não acreditamos no que podemos ser na vida das pessoas que nos cercam...
Não acreditamos no que podemos nos tornar, num futuro nem tão distante...
Não acreditamos que somos “tudo o que há de mais original”, num mundo de igualdades falsificadas...
Não acreditamos nos outros... (às vezes, nem em nós mesmos...)
Não acreditamos que, se desistimos na primeira queda, nunca seremos fortes o suficiente para vencer a jornada...
Não acreditamos que não há um Mal, que não traga um Bem... (mas que é preciso saber lidar com isso...)
Não acreditamos que os sonhos existem para serem realizados...
Não acreditamos que podemos mudar o mundo (mas é preciso persistência...)
Não só isso, mas... paciência, resistência...
Enfim, precisamos UM do OUTRO.
Só assim seremos (mais) fortes.
Só nesse caso, vamos dizer “não” ao “não”!
E deixemos espaço para o “sim”, o “talvez”, o “às vezes”...
No máximo, para alguns “nem sempre”.
Porque se acreditamos que são “meras palavras”,
“Palavras têm poder...”
(É o que me vem à mente.)
Use as “suas” com sabedoria.
Enquanto isso, eu vou usando as “minhas”.
(Pensando na gente...)

(Guilherme Ramos, de 25/02/2008, 23h10 a 08/03/2008, 23h13)
quinta-feira, 6 de março de 2008 0 comentários

QUANTAS VEZES EU ASSASSINEI O AMOR?

(Fabrício Carpinejar)

O amor nunca morre de morte natural. Anaïs Nïn estava certa.

Morre porque o matamos ou o deixamos morrer.

Morre envenenado pela angústia. Morre enforcado pelo abraço. Morre esfaqueado pelas costas.

Morre eletrocutado pela sinceridade. Morre atropelado pela grosseria. Morre sufocado pela desavença.

Mortes patéticas, cruéis, sem obituário e missa de sétimo dia.

Mortes sem sangramento. Lavadas. Com os ossos e as lembranças deslocados.

O amor não morre de velhice, em paz com a cama e com a fortuna dos dedos.

Morre com um beijo dado sem ênfase. Um dia morno. Uma indiferença. Uma conversa surda.

Morre porque queremos que morra. Decidimos que ele está morto. Facilitamos seu estremecimento.

O amor não poderia morrer, ele não tem fim. Nós que criamos a despedida por não suportar sua longevidade. Por invejar que ele seja maior do que a nossa vida.

O fim do amor não será suicídio. O amor é sempre homicídio. A boca estará estranhamente carregada.

Repassei os olhos pelos meus namoros e casamentos. Permiti que o amor morresse. Eu o vi indo para o mar de noite e não socorri. Eu vi que ele poderia escorregar dos andares da memória e não apressei o corrimão. Não avisei o amor no primeiro sinal de fraqueza. No primeiro acidente.

Aceitei que desmoronasse, não levantei as ruínas sobre o passado. Fui orgulhoso e não me arrependi. Meu orgulho não salvou ninguém. O orgulho não salva, o orgulho coleciona mortos.

No mínimo, merecia ser incriminado por omissão.

Mas talvez eu tenha matado meus amores. Seja um serial killer. Perigoso, silencioso, como todos os amantes, com aparência inofensiva de balconista.

Fiz da dor uma alegria quando não restava alegria.

Mato; não confesso e repito os rituais. Escondo o corpo dela em meu próprio corpo. Durmo suando frio e disfarço que foi um pesadelo. Desfaço as pistas e suspeitas assim que termino o relacionamento. Queimo o que fui. E recomeço, com a certeza de que não houve testemunhas.

Mato porque não tolero o contraponto. A divergência. Mato porque ela conheceu meu lado escuro e estou envergonhado. Mato e mudo de personalidade, ao invés de conviver com minhas personalidades inacabadas e falhas.

Mato porque aguardava o elogio e recebia de volta a verdade.

O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais extraordinárias sem recuar.

O amor é a boca suja. O amor repetirá na cozinha o que foi contado em segredo no quarto. O amor vai abrir o assoalho, o porão proibido, fazer faxina em sua casa. Colocar fora o que precisava, reintegrar ao armário o que temia rever.

O amor é sempre assassinado. Para confiarmos a nossa vida para outra pessoa, devemos saber o que fizemos antes com ela.

(Fonte: http://www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br)
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IMPOSSÍVEL

(Fabrício Carpinejar)

Homem não gosta de mulher que insiste com recados consecutivos, mas também não gosta de mulher que não telefona.

Mulher não gosta de homem que a persegue, mas também não gosta de homem que não a procura.

Homem não gosta de mulher fácil, mas também não gosta de mulher difícil.

Mulher não gosta de homem doce, mas também não gosta de homem rude.

Homem não gosta de mulher que fica com muitos, mas também não gosta de encalhada.

Mulher não gosta de mulherengo, mas também não gosta de travado.

Homem não gosta de ser questionado, mas também não gosta de ser esquecido.

Mulher não gosta de ser contrariada, mas também não gosta de gente passiva.

Homem não gosta de estardalhaço, mas não adia uma bagunça.

Mulher gosta de estardalhaço, desde que não vire bagunça.

Homem não gosta de ser debochado, mas também não suporta ser levado sempre a sério.

Mulher não gosta de brincadeiras sem graça, mas não admite a ausência de brincadeiras.

Homem não gosta de fofoca, mas é o primeiro a contar as novidades aos amigos.

Mulher gosta de fofoca, mas deseja preservar sua privacidade.

Homem não gosta de jantar na casa da sogra, mas também precisa dela.

Mulher não gosta de ser comparada com as antigas namoradas, mas também quer saber todos os detalhes.

Homem não gosta de ser surpreendido, mas também não gosta de saber antes.

Mulher adora um mistério, mas com aviso prévio.

Homem não gosta de comprar lingerie, mas também é o primeiro a criticar a que ela está usando.

Mulher ama comprar lingerie, mas também é a primeira a dizer que a incomoda.

Mulher prefere calcinha bege, não aparece com a roupa.

Homem abomina calcinha bege, aparece demais quando ela tira a roupa.

Homem não gosta de discutir relacionamento, mas também não gosta do silêncio.

Mulher gosta de discutir relacionamento, mas odeia chorar no meio da briga.

Homem não tolera filmes românticos, mas não desliga quando reprisados na tevê.

Mulher não agüenta filmes de ação, mas também é um alívio não pensar muito.

Homem tem dificuldades para se declarar, mas faz o impossível para ser denunciado.

Mulher espera declarações, mas não quando está se arrumando.

Homem reclama dos atrasos, mas também detesta quem chega antes.

Mulher odeia a impaciência do homem, mas também se enerva com a letargia.

Homem não resiste a um videogame, mas também não deseja ser chamado de criança.

Mulher abusa dos diminutivos, mas também diz que cresceu.

Homem pede desculpa quando machuca, mas não aceita desculpa quando machucado.

Mulher se desculpa antes de errar, depois não se lembra.

Mulher desvia o assunto quando se desinteressa, mas não gosta que não prestem atenção nela.

Homem não gosta de ser interrompido, mas vive interrompendo.

Mulher admira poesia, mas não no sexo.

Homem procura agradar a mulher ao recitar poesia no sexo.

Homem não gosta de unhas vermelhas, mas fica excitado com elas num filme pornô.

Mulher gosta de unhas vermelhas porque detesta filme pornô.

Mulher anseia pelas flores, mas nunca tem um vaso para colocá-las.

Homem gosta de mandar flores, mas desiste na hora de escrever o cartão.

E ambos não gostam do meio-termo.

(Fonte: http://www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br)

quarta-feira, 5 de março de 2008 0 comentários

Cada um na Sua

Eu não vou me apaixonar.
Hoje (quase) ninguém quer.
Pra que se apaixonar?
Por que se apaixonar?
Tá tão "bom" assim:
Eu sem você...
Você sem mim.

(Guilherme Ramos, 18/12/2007, 14h08)
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Dons

D. Quixote
Dartagnan
D. Casmurro
D. Juan

D. Giovanni
D. Perlimplim
Dom de "Casanova"
Dor de "Arlequim"?

De todos os citados,
Tampoucos me convêm...
Mas seriam, por acaso,
Partes de mim também?

(Gulherme Ramos, 05/03/2008, 12h52)
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Não, Não e Não.

Trabalhamos tanto...
Por um prato requentado de sonhos...
Será (só) isso que almejamos?
Ah! Não! Não para "Guilherme Ramos".

(Guilherme Ramos, 05/03/2008, 12h32)
0 comentários

Mal-Além

Mesmo não desejando, não vendo, não acreditando, todos temos um inimigo impiedoso: nós mesmos. Não há ninguém mais poderoso e destrutivo - quando permitido - que você próprio, para destruí-lo. Pense nisso, criança... e pense bem. Afaste-se do seu "Mal-além".

(Guilherme Ramos, 10/08/2007, 17h38)
segunda-feira, 3 de março de 2008 1 comentários

Resposta

(Samuel Rosa/Nando Reis)

Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou prá trás
Também o que nos juntou...

Ainda lembro
Que eu estava lendo
Só prá saber
O que você achou
Dos versos que eu fiz
E ainda espero
Resposta...

Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar
Que ninguém mais pisou...

Você está vendo
O que está acontecendo
Nesse caderno
Sei que ainda estão...

Os versos seus
Tão meus que peço
Nos versos meus
Tão seus que esperem
Que os aceite...

Em paz eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante...

Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou prá trás
Também o que nos juntou...

Ainda lembro
Que eu estava lendo
Só prá saber
O que você achou...

Dos versos seus
Tão meus que peço
Dos versos meus
Tão seus que esperem
Que os aceite...

Em paz eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante...

Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar
Que ninguém mais pisou...

Você está vendo
O que está acontecendo
Nesse caderno
Sei que ainda estão...

Os versos seus
Tão meus que peço
Nos versos meus
Tão seus que esperem
Que os aceite...

Em paz eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante...
 
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