segunda-feira, 31 de dezembro de 2012 0 comentários

Heroísmo Invisível




Não pratico o Bem para aparecer ou ser uma pessoa melhor. Faço as coisas longe dos olhos da vaidade porque a partir do momento que seja uma obrigação ser alguém bondoso, educado, heróico ou qualquer coisa do gênero, não serei mais eu quem o faz, mas apenas mais um produto do meio em que vivo. E, sejamos francos, não tem sido uma convivência pacífica.

Diante de tantos heróis de TV, de periódicos, os verdadeiros heróis, anônimos, são invisíveis. Apenas faço a minha parte (mesmo com todos os meus defeitos, claro!). Ao escrever isso, por desabafo, não pretendo fazer parte dos conhecidos, mas alertar aos invisíveis, como eu, que estamos juntos, fazendo o Bem acima de tudo, porque haverá sempre alguém que merece. Talvez esse alguém ainda não tenha nem nascido, mas poderá vir a um mundo um pouco mudado, preparado pelas nossas esperanças. E "esperança" não é uma espera sem sentido. É uma "pausa nos sentidos”, para que possamos agir na hora certa.

Agi. De coração tranquilo. E, mais uma vez, invisível, não fui notado. Quer saber? Eu quase me angustiei. Quase fiz o contrário do que preguei. Mas, parei. Pensei. E aqui estou. Disposto a fazer tudo de novo. Agradecido por não ter me corrompido pela ilusão da vaidade. Do gritar para os quatro cantos, quase me justificando pelo que foi feito, numa publicidade desnecessária. E me perder, mais uma vez, nas luzes de algo distorcido, mas rotulado de fama. Não apenas trevas cegam os incautos. Assim também fazem as luzes, se mal utilizadas. Que o digam motoristas, em noites de chuva forte, enfrentando os desafiantes (e irresponsáveis) faróis altos dos outros autos...

Será que só podemos fazer algo de bom para quem vale a pena? E o que é valer a pena? É não ter defeitos? Não ter vícios? Só fazer o Bem? E as pessoas que não sabem que podem valer a pena? Será que estão no mundo apenas para atrapalhar? Fazer o Mal? Lutarem contra “nossas” verdades? Reflitamos. É para isso que serve o período natalino e não apenas para gastarmos bônus de férias e décimos terceiros salários. É muito mais do que consumismo. É muito mais do que já fizemos até esse momento.

Temos a chance de mudar. De sermos nós mesmos, sem ferir o outro. De sermos contra algo, mas saber explicar tal opinião. De convencer o outro sem ameaças, nem intimidação. De querer a mesma coisa, mas de forma diferente, no final das contas. Porque todo mundo só quer ser feliz. E felicidade é ficar bem, mesmo que a felicidade seja do outro. Precisamos ter paciência para que esse sentimento chegue logo, com esforço e dedicação. Porque até a chuva precisa de outros estímulos para cair. Ela simplesmente não cai do céu porque a terra merece. Se assim fosse, não haveria tanta seca em nosso país. Se fosse assim, ninguém valorizaria o que faz. E ninguém seria exemplo para ninguém. Ninguém se importaria com ninguém.

Reflita. Se isso for difícil para você, pelo menos comece preocupando-se por si mesmo. E o faça bem. Bem feito. Quem sabe, assim, as coisas melhorem, de forma invisível, tão mágico quanto um nascer do sol ou um crepúsculo (porque nem todos presenciam esse espetáculo). Veja a natureza, bem mais insistente que todos nós juntos. E somos bilhões. Seis bilhões de motivos para ela desistir. Mas ela não o faz e continua. Como cada um de nós também pode fazer. Apesar das adversidades; apesar das agressões contra ela; até pela ausência de ações a seu favor. Se o objetivo é melhorar, vamos nos empenhar. Porque se você quer, você consegue. De uma forma ou de outra. Mas é preciso acreditar. Ninguém nunca vai fazer isso por você. Cada um terá sempre algo (melhor) para fazer. Por si.

E assim, segue a vida, gira o mundo, dia a dia, sem parar.

E assim, sigo eu, passo a passo, lentamente, para não me cansar.

Insisto, por isso, existo!

Feliz 2013.

(Guilherme Ramos, 11/12/2012, 13h22.)

Após assistir ao vídeo:

https://www.facebook.com/photo.php?v=247907265322739

Imagem: Google.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012 0 comentários

Partilha



Quando ele olhou em seus olhos pela primeira vez, não imaginava o que estava por vir. Tudo parecia um acaso do cotidiano, algo comum em suas vidas apressadas e (às vezes) desregradas de estudantes. Ainda mais ela, tão linda, compenetrada, dedicada à pesquisa, motivo de orgulho para qualquer coordenação de curso universitário.

Já ele, um recém-retornado aos estudos acadêmicos, pouco prático e atuante nesses assuntos, apenas sorriu ao conhecê-la. Deu bom dia, educadamente, como faria com qualquer pessoa, mas se permitiu desejar um pouco mais. Mas, devido às circunstâncias que apenas o Destino sabe explicar, ficou só na vontade...

Continuaram vivendo suas vidas (com os problemas que só a eles pertenciam) e pouco se conheceram mais. Apenas novos encontros casuais, sorrisos de comercial de margarina, mais saudações educadas e uma dupla simpatia por conta da casa. Nesse ritmo os anos foram passando. E suas vidas, cada vez mais, mudando.

Quando menos esperaram, um novo (e inocente) reencontro se deu. Ambos, já separados de seus (ím)pares, querendo apenas curtir a noite, dançar, beber, nada mais (e “na boa”!), se divertiram como há tempos não faziam. Pelo menos, sem aquelas cantadas baratas de botequim de quinta. A sensação era de acolhimento e compreensão, além, claro, de muita descontração.

Gargalhadas a parte, trocaram telefones e deixaram seguir a vida. Não se ligaram, como era de se esperar, porque aquela noite foi apenas uma bela confraternização, não um encontro vulgar.

E o que tiver de ser, sempre será... Basta haver coragem para recomeçar. Porque quando viram o amor um no outro, não guardaram apenas para si. É natural desse sentimento, ser partilhado. Passo a passo. Um dia por vez. E assim, cada um (na sua velocidade) o fez.

No fim, não houve um fim.
Foi sempre um recomeço.
Quem foi que disse, enfim,
Que amar precisa de um preço?

(Guilherme Ramos, 12/12/2012, numa hora qualquer, que não foi o "fim do mundo". Rssss...)

Imagem: Google.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012 0 comentários

Feliz Natal


É mais um NATAL.
Que ele venha repleto de paz, amor e harmonia.
Porque a gente merece.

(Guilherme Ramos, 24/12/2012, 11h47.)

Imagem: Google.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012 0 comentários

Alô, Japão?


Japão? Alô? O mundo, aí, já acabou? 
Hum... Se ainda tá tudo em cima por lá, 
Por que haveria de cair só o lado de cá? 
Acabou, não rapaziada!...
Vamos comemorar pela madrugada!

(Guilherme Ramos, 20/12/2012, 23h20 em Maceió - 11h20, no Japão...)

Imagem: Google.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012 0 comentários

Partir


Sem mais (nem menos), partiu. Assim, sumiu.
Navegar por "mares nunca dantes navegados".
Foi para longe, para onde ninguém mais viu.
Bailar em bailes repletos de desencantados.

Por que fez isso?! Todos me perguntaram.
Não interessa! Nem a mim, nem a ninguém.
Respondi que tais vontades se superaram.
Demais. Que poderiam ir muito mais além.

Porque a vida é assim. E a morte, mais ainda...
Sempre que se nasce, um dia qualquer, se finda.
Não há muito o que se fazer; tampouco discutir.

Aceite o fato: viva bem; deixe o outro também viver.
Tristezas vem e vão, se acabam e viram... prazer!...
Diante disso, então, por que não começa... a sorrir?




(Guilherme Ramos, 19/12/2012, 00h26. Diante de umas frases que falei sem pensar, o esquecimento da poesia que iria se formar: um novo improviso mais sóbrio e sombrio, que resultou no que acabo de postar... Sem falar na "métrica gráfica", que me deu nervoso ao reparar!...)

Imagem: Google.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012 0 comentários

Nu Corpo



Não havia motivo para se despir assim,
Perder a calma, como quem arranca a pele.
Por que duvidar do que sentiu (por mim!)
Quando a repulsa atrai e o tesão repele?

Nus nos entendemos mais. É mais que demais!
Não há como explicar essa incrível relação.
Quando nos vemos, faísca, o fogo se faz...
Ao nos tocarmos, o mais leve, é explosão.

O corpo treme, sua, recua, arrepia, goza,
Numa terapia, estado de alegria, poesia-prosa,
Como se nunca tivéssemos conhecido nada igual.

Assim somos: eu, você, o tesão e a libido,
Traçando um ao outro, tal qual fruto proibido,
Num pecado perdoável, tão bom, de tão mau...

(Guilherme Ramos, 11/12/2012, 18h37.)

Imagem: Um Corpo Nu. Todos os direitos reservados.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012 4 comentários

Mudança


Sofria.
Sou fria. - pensou.
(Não é nada disso...)
Sorria.
Só ria. - mudou.

(Guilherme Rmos, 10/11/2012, 10h38.)

Imagem: Google.
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Aquela Música



E de repente me vejo escutando aquela música (nem) tão triste...
Mas me escondo, como o sol e a lua, naquele repentino eclipse...
São coisas tão normais, naturais, de caráter... provisório...

Eu me divirto, cantando, acreditando que nada daquilo existe...
Não me importo, suponho, mas a tal música repete e insiste...
Eu poderia mudar, não me ser assim, mas acho isso tão simplório...

(Guilherme Ramos, 07/12/2012, 12h40, sem mais nem menos... Nem música, inclusive! Rsss... Vá entender!)

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Precisão


 
Eu preciso de gente, preciso de contato.
Preciso, tão simplesmente, de amor. Fato.

(Guilherme Ramos, 06/12/2012, 12h05)
 
Imagem: Google.
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Poetização


Seja poeta, não pelo que tentou dizer, mas pelo o que alguém se permitiu entender. A verdadeira poesia está nos olhos de quem vê, no coração de quem sente e não (tão somente) na razão letárgica de um cérebro treinado. Talvez eu tenha razão; talvez, quem sabe, eu esteja errado... Mas, independentemente de qualquer definição, não quero rixas entre razão e emoção. Que fique isso claro e, aqui, registrado.

(Guilherme Ramos, 05/12/2012, 15h15 e 06/12/2012, 11h28.)

Imagem: Google.
 
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