quinta-feira, 26 de novembro de 2009 1 comentários

Novidade (Nova Idade)

Acho que sinto (novamente) as contrações do útero. É como se o (meu) mundo inteiro estivesse me pressionando para sair de onde estou. Da zona de conforto. Assim como um corpo à beira de um parto. Poético ou não, escatológico ou não, é o que sinto.

Não sei bem o que sinto. É um bem-estar/mal-estar que me confunde e irrita. Deveria estar feliz, afinal é “mais um ano de vida”. Mas, não estaria eu mais próximo da morte? Da indesejada, como diziam os poetas românticos? Comemorar... o quê?

Comemorar o aprendizado de mais um inverno, as aventuras de mais um verão, as injustiças de mais um outono e (porque não dizer) as alegrias de mais uma primavera: estação na qual escolhi vir ao mundo, às 10h30 de um domingo, 26 de novembro de 1972, sob o signo de sagitário e ascendente em aquário. Destino ocidental. No oriente, sou um sensato e compreensível rato de água. Enfim, uma boa companhia em ambos os casos.

O que vim fazer aqui, pouco se sabe. Mas não foi para ser apenas mais um na multidão. Acho que ninguém quer isso, mas muitos se permitem por inúmeros motivos: medo da solidão, medo da felicidade, medo da miséria, medo do medo...

Bobagem. Até as baratas tem sua utilidade na terra. Por que conosco seria diferente? Se (ainda) não acredita em si, arrisque. E acalme-se. Na terra do stress, quem relaxa é rei. Tenha “sangue de barata”, às vezes. Mas, seja (ao menos) uma barata especial. Assim, como eu. Numa eterna “Metamorfose”.

“Vem cá, ficar comigo!”

(Guilherme Ramos, 26/11/2009, 00h00. 37 anos. Mas tudo parece estar do mesmo jeito...)
segunda-feira, 16 de novembro de 2009 1 comentários

Profundeza

E se guardou num silêncio tão profundo,
Que, nem que se acabasse o mundo,
Conseguiriam lhe chamar...

(Guilherme Ramos, 16/11/2009, 19h23. Sinto-me meio assim, hoje...)
sexta-feira, 13 de novembro de 2009 4 comentários

Leitura

Tenho 'medo' de lê-la.
(Um 'quase' exageiro)
Fazê-lo a faz tão presente,
Na minha frente,
Numa imaginação (até) carnal
Que a faz 'gente'
Mesmo quando ausente.

Suas letras, suas frases,
Sempre me comprazem (e atraem)
Como, a uma mariposa, a luz:
Você (simplesmente) seduz
Todo e qualquer leitor,
Que se entrega completamente
À sua literatura-torpor.

É assim que este ser se sente,
Estando (ou não) na sua frente.
Palavras do coração;
Sentimentos da mente...
Impossível conter: 'emoção'.
Verdade a dizer: 'razão'.
Assim me encontro. Contente.

(Guilherme Ramos, 13/11/2009, 13h31, coincidentemente... Mais um 'comentário' que virou 'post'. Inspiração: nada mais, nada menos que o último texto de Larissa Fontes. Eita menina 'sabida'! Rssss...)
quarta-feira, 11 de novembro de 2009 2 comentários

Sentir

Não me peçam pra explicar meus sentimentos. Quando (e se) eu souber a resposta, talvez eles já não sejam (tão) verdadeiros. Residem, na inexplicabilidade, meus maiores motivos.

(Guilherme Ramos, 10/11/2009, 10h27, durante uma videoconferência "inspiradora" de incentivo à leitura...)
segunda-feira, 2 de novembro de 2009 2 comentários

Melodia (Partida)

Enfim, nado:
Enfiado na terra,
Confinado ao nada.
(Ou quase tudo)
Ao eterno;
Ao infinito;
Ao absoluto.
(Um absurdo)
'Momentum':
'Memento...
... Mori'.
Sóbrio.
Sombrio.
Só brio.
(Eu acho)
Assovio.
A sós, via.
Sozinho...
Silencio.
Afinada, a melodia
(Há melodia?)
Desafia, desatina,
Desafina, esfria.
Confiada a vida,
Com afiada lida,
Confirmada: a ida.
Afinal,
Ao final...
Parte-se.
Parte se for
(Ou se não for)
Uma pessoa querida.
(Com ou sem dor)
Finada.
Fim.
Nada.

(Guilherme Ramos, 02/11/2009, 19h01. Enfim, nada - quase nada - me preocupa. Sei lá! Não sei mais nada... dessa vida maluca.)
 
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