domingo, 31 de março de 2013 0 comentários

O Samba Tocou


Isso.
Faz de conta que eu não existo.
Eu fiz as contas e não insisto.
Porque não dá pra eu sentir sozinho
O que eu sei que não senti sozinho.
Não foi mera troca de carinho, amada,
Não foi só paixão desenfreada,
Não foi pura e simples trepada,
Não foi sonho ou ilusão no caminho.
Por isso, esse samba tocou...
(E me tocou...)

É,
Aqui, a barra tá pesada, amor...
Não adianta ficar afetada e dizer: "- não Sr.,
Eu não sinto mais nada..."
Isso é só mais conversa fiada.
Mas também é lâmina afiada,
Que nos corta o corpo e a alma errante,
Empalha a vida e sela o (nosso) desamor.
Por hoje, por hora, o lamento acabou.
Por isso, esse samba... tocou.
(Mas te tocou?)

(Guilherme Ramos, 31/03/2013, 23h05.)
sábado, 30 de março de 2013 0 comentários

Meu (En)Canto


De onde vem, oh! marinheiro? Da cidade além–mar,
Do povoado corrompido, da sua angustia urbana,
Do núcleo rural, esquecido ou de nenhum lugar?
Dia louco, sem você, me fez a insana das insanas!

Aqui, na minha canção, eu ofereço… a paz,
Ofereço meu corpo, quase sem alma, de solidão.
Ofereço o amor que nunca teve e ofereço mais:
Eu me dou para você, caso ainda tenha coração.

Vem! Vem para meus braços, desconhecido amigo,
Nas ondas da minha paixão e da sua libido!
Eu quero apenas você, assim, junto de mim…

Serei sua mulher, sua companhia na areia,
Não serei mais triste (e faminta) sereia.
À deriva, à espera de um apaixonado “sim”…

(Guilherme Ramos, 26/03/2013, 23h25. Poema resultante do - excitante - Desafio da Sereia!!!! Muito feliz com os resultados! Vida longa ao blog DESCOBRINDO ESCRITORES! E obrigado pela oportunidade, Juliana Lopes!)

Imagem:  Juliana Lopes. Todos os direitos reservados.
quarta-feira, 27 de março de 2013 0 comentários

Dia 27


Nesse misto de ansiedade, felicidade e inspiração,
Vejo em artistas e técnicos, o profissional-irmão.
Aquele que trabalha seu dia e noite com a alegria,
Com a tristeza, com sentimentos diversos, sua cria.
Incontroláveis para alguns, sentimentos são como ar:
Dão a vida ao respirarmos, mas também podem derrubar.
Talvez seja essa a razão, deste dia 27 comemorarmos
O Dia Internacional do Teatro, 24 horas para amarmos,
Para chorarmos, para pensarmos, para nunca esquecer
Que na Arte acreditamos. E da Arte resolvemos viver.

(Guilherme Ramos, 27/03/2013, 12h15.)
domingo, 24 de março de 2013 0 comentários

(In)Explicar


Frio-vazio no peito...
Não sei explicar direito.
Só não me sinto. Nem dor.
Fazer o quê? Explicar?
Não sinto, não minto:
Tenho medo. Sim, medo.
De não ser amor....

(E por falar nisso...)

Esse negócio de amor é bem complicado.
Infelizmente, há quem desacredite dele.
Não da forma que um dia se acreditou.
Canaliza isso e faz algo (bom) pra você.
Andar por aí, assim, rancoroso demais,
Isso só nos afasta mais (e mais)
Do que seria a chance de se libertar.
Às vezes penso (e sempre repenso)
Que não se deve perder tanto tempo,
Só, nessa história... de amar.

(Guilherme Ramos, 24/03/2013, 16h08. Mas comecei a esboçar isso antes... Terminei hoje, ao menos.)

Imagem: Google.
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Melodia


Porque prosa e poesia são só a melodia
Que embala nossos corpos, nossas almas,
Nossas mentes, nossa noite e nosso dia,
Nossas vidas: nossas raivas, nossas calmas.

(Guilherme Ramos, 21/03/2013, 21h30.)

Imagem: Google.
sábado, 23 de março de 2013 0 comentários

Favor




Poesia, vinhos e cigarros. Eis a razão de ser.
Cuspe, saliva, escarros. Erros cometidos, a saber.
O problema, muitas vezes, fica (apenas) no ar.
É simples: não basta “estar junto”, tem que “amar”.

Mas o amor é muito mais do que uma troca de favor.
É troca de sentimento, é como construção sem cimento:
Não tem consistência, não tem lógica de ação, minha flor,
O que vale é o seu, o meu (o nosso, mais puro) sentimento.

Porque o que cada um sente – e não desmente – é forte.
O que se faz, joga-se a cargo da sua (mais pura) sorte.
É o que se pode chamar de destino, alma gêmea, amor.

Por mais que teimemos em não aceitar, brigar, relutar...
O que, de fato, importa é convencer o outro e amar.
É se fazer de tolo, relaxar, entregar-se, sem cobrar o favor.

(Guilherme Ramos, 23/03/2013, 2h50.)

Imagem: Google.
sexta-feira, 22 de março de 2013 0 comentários

Pra Pensar


Me dá um tempo...
Pra pensar.

Já faz um tempo,
Que eu peço um tempo.

Pra pensar, já faz um tempo...
Que eu peço um tempo...
Pra pensar...

Pra pensar,
Já faz é tempo.
Que tempos em tempos,
Faz pensar...

Há quanto tempo?
Já é tempo?

Pra pensar,
Já faz é tempo.

Quero mais tempo.
Pra pensar.
Pra que o tempo?
Pra pensar
E repensar.
Dá um tempo!

Pra pensar,
Se faz mais tempo.
Se é o tempo
Pra pensar.

Se não é tempo,
Se não dá tempo,
Se não há tempo,
Vou pensar.

(Guilherme Ramos, 03/03/2013, 22h30.)

Imagem: Google.
quarta-feira, 20 de março de 2013 0 comentários

Ponto de Vista



A Mem! - brinda a razão.
Amém. - deseja a fé.
Amem... - implora a emoção.

(Guilherme Ramos, 20/03/2013, 10h08)

Imagem: Google.
sexta-feira, 15 de março de 2013 0 comentários

(Ins)Pirando


Hoje eu sinto
Que exagerei.
Então, eu minto:

Por hoje, parei.

(15/03/2013, 2h15...)


Imagem: Google.
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Madrugada... Triste.


Madrugada... triste.
Porque isso existe.
E insiste acontecer.
O que a gente faz?
Se esconde? Há paz?
Ah, paz! Vem antes,
Bem antes do dia nascer!

(Guilherme Ramos, 15/03/2013, 2h36 e 15/03/2013, 21h02.)

Imagem: Google.
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Foto


Tirar sua foto
Como quem arranca
Uma roupa intima:
Não basta imaginar
Como deve ser,
Tem que vesti-la,
Chamar-me, deitar-se,
E, no seu/meu quarto,
Deixar-me despi-la.

(Guilherme Ramos, 15/03/2013, 01h50)

Imagem: Google.
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Brinde


E ao brindar,
Nossas taças,
Com o mais puro vinho,
Tocam em seus corpos
De vidro frio
E transparente
Como se fossem
Em nosso corpo,
Antes, sozinho;
Agora, repleto
De sangue quente,
Fervente...
Leveza, ternura,
Carinho desnudo...
O que querer
(Um do outro)
A não ser...
... Tudo?

(Guilherme Ramos, 15/03/2013, 00h32.)

Imagem: Google.
quarta-feira, 13 de março de 2013 0 comentários

Dor


Dor: horror ou aprendizado?
Isso depende de que lado
Você insiste e decide ficar.
Normalmente, gera estranheza,
Baixa estima e deixa abalado,
Mas no fim, você só tem a ganhar!

(Guilherme Ramos, 13/03/2013, 22h12...)

Imagem: Google.
domingo, 10 de março de 2013 0 comentários

Por do Sol




Chega a tarde, o calor se ratifica, o vento para. Não há muito o que dizer. Apenas, sentir. É como num dia de chuva, durante o inverno. Mas ao contrário. Bem ao contrário. No inverno, há uma irresistível vontade de permanecer na cama, agarrado. Com alguém ou com o edredom. Mas agarrado. No verão, existe o desejo de estar sob influência de um ventilador ou ar-condicionado. De estar longe de qualquer coisa, pois o “contato” esquenta ainda mais. Seria uma estação anti-social? Alguns acham que no verão, as pessoas se agarram mais, devido, justamente, ao clima caliente. Quando gente precisa de gente. Quando a gente quase se esquece da gente. Mas isso é outro ponto de vista...

Eu me referia ao por do sol, anteriormente. Voltemos então. O crepúsculo é um espetáculo à parte. Hoje, em minha varanda, observei-o, magnífico, enquanto refletia minha vida, meu dia. Maiores reflexões foram as de seus raios solares, imponentes, que pouco se importavam se meus olhos (ou quaisquer outros) sofriam. Lágrimas, tais quais gotas de suor rondavam minha face, provando, talvez, que eu ainda tinha um coração. E ele estava fraco, abatido, triste e enrustido, com medo de ser e fazer o seu melhor: bombear sangue. E, a cada novo empuxo, corriam em minhas veias algo que chamam de vida, de existência, de experiência. Mas o que eu experimentava aqui, o que eu experienciava?

A morte do sol, para nosso olhar. Era uma morte anunciada, prevista, repetida e tão rotineira que há tempos não a notava. Não me importava. E, ao perdê-la, EU me perdia em mortes de pensamentos, em mortes de opiniões e nem me importava. Numa total falta de compromisso com o amanhã, eu apenas me recolhia à minha cama. Era noite e o dia se fora. Logo, eu deveria me entregar aos auspícios da madrugada, dormir sem sonhar e acordar, no dia seguinte, sem ver o (re)nascer do sol. Sim, ele ressurgia, ressuscitava dia após dia e eu, numa total falta de preocupação, sequer notava. Percebia, pois meus olhos e inteligência me informavam que havia novos dias e novas noites, mas seus significados se perdiam como lágrimas no chuveiro...

Então, eu vi. Estrelas estavam ali, o tempo todo. Como olhos, olhares. Críticos, inquisidores, a me perguntar: “o que faz aí, parado?”, “por que não faz nada para mudar?”... E eu fechei a janela. Abri a porta da varanda e me banhei no que poderiam ser os últimos raios de sol (do dia de hoje). E foram. Amanhã, renovados, serão novos raios, novas energias, novas histórias. E eu? O que serei? Mero coadjuvante do mundo ou o melhor que o mundo já viu? Essa resposta (e tantas outras) cabe a mim responder. E viver. E mudar o que viver. Porque como o sol, precisamos de momentos de brilho e momentos de morte anunciada. Esse renascimento, se consciente, fará a diferença. Diferença em novas auroras e novos crepúsculos. Porque, enquanto homem, eu nasço e renasço todos os dias. Queira eu ou não. E, no dia que isso parar de acontecer, é porque eu precisava transcender.

(Guilherme Ramos, 10/03/2013, 18h17. Sem mais comentários...)

Imagem: Google.
sexta-feira, 8 de março de 2013 0 comentários

Sobre Mulheres e Fêmeas




Não há um só dia que eu não fale com uma mulher.

Que eu tenha contato (real ou virtual) com uma mulher. 

Que eu não pense em uma mulher.

E todos os dias é a mesma coisa.

A mulher está em toda parte: médicas, arquitetas, advogadas, policiais, artistas, mães... Enfim, num sem número de funções, alcunhas e estereótipos que não me arrisco a registrar aqui. 

Mas de uma coisa eu sei: elas são necessárias. Muito! 

O mundo é mais mundo com elas. O céu é mais azul, a música é mais bonita, os aromas são mais intensos, o amor... Ah! O amor é inexplicável. 

Também, ao lado de uma boa mulher, quase nada precisa de uma explicação. 

E, até mesmo ao lado de uma mulher “má”, existe (ainda) a chance de resgate. Elas nunca se perdem por completo...

É preciso resgatar a criança que ela foi, antes de ser forjada a ferro e fogo, nos moldes da famigerada “escola da vida”, quando a colocaram em segundo plano, quando a usaram, quando a fizeram de trouxa... Mulher má? Má fêmea da espécie? Ela apenas nos dá um troco, pelo que recebeu anteriormente. E nem sempre gosta disso. Só finge gostar. Mas, no seu íntimo, só quer ser feliz. E fazer alguém feliz. Achar isso, nas esquinas sombrias de seu coração embrutecido pelo tempo é o precioso prêmio.

Então, por que apenas “um dia” internacional da mulher? Porque todos os outros precisam ser dias nacionais, regionais, estaduais, municipais, comunitários, familiares, pessoais... Precisamos valorizar as mulheres que temos e não temos ao nosso redor.

E tudo começa de uma maneira simples:

__________________________________________________________
Imagina, aqui, neste espaço, uma mensagem sincera e gentil.
(Eu sei que você consegue!)
Agora, procura uma amiga, uma amada ou, ainda, uma total desconhecida.
(Vamos! É mais fácil do que você imagina!)
Agora, diga-lhe a mensagem!
(É! Apenas isso. Sorria, agradeça à atenção e siga sua vida.)

Talvez, para você, isso seja apenas uma bobagem, mas, para ela, com certeza fará alguma diferença. Em 2013, torne o seu dia – e a sua vida – melhor do que você pensa que é, começando pelo “Dia Internacional da Mulher”.

(Guilherme Ramos, 06/03/2013, 20h52, em homenagem às mulheres que fazem parte de nossas vidas... E às que fizeram/farão parte de nossa história.)

Imagem: Google.
quarta-feira, 6 de março de 2013 0 comentários

Sem Cabimento


De puro silêncio,
Silencio.
Dou boas vindas ao vento.
Distancio.
Sigo ao relento,
No cio.
Se me arrebento?
Sorrio.
Pra que sofrimento
Sombrio?...
Não tem cabimento:
Eu crio.

(Guilherme Ramos, 06/03/2013, 01h00.)
Imagem: Google.
segunda-feira, 4 de março de 2013 0 comentários

A Vida e o Clipe


A vida (não) é apenas um videoclipe.
Produzido, conduzido em equipe,
No melhor estilo de filme francês,
Espanhol, alemão, brasileiro, inglês.

Não me venha falar de argumentos,
Pós-produção, edição, decupagem,
Roteiro, direção, atuação, equipamentos,
Se é longa, média ou curta metragem.

A vida é o que é, então viva e deixa viver!
Você também tem a opção de nada fazer.
Mas não acredito que se contente com isso.

Seja a vida colorida ou até preto e branca,
Seja firme, siga em frente, deixe a retranca!
Toda boa história começa com um rabisco.

(Guilherme Ramos, 04/03/13, 17h31, entre argumentos e trocas de ideias. É, eu sou assim...)

Imagem: Google.
sexta-feira, 1 de março de 2013 0 comentários

Registros



Misses e mísseis desfilam mundo afora,
Gerando gritos e correria todo o tempo.
Essa loucura, não tem jeito, não tem hora,
E tanto causa euforia, quanto tormento.

Uma coisa nada pode ter a ver com outra,
Mas não me importo com o que vão achar.
A metáfora foi aqui lançada, pura e solta,
Num enigma para quem quiser pensar...

Dia ou noite, em meio a clarões cegantes,
Sejam de flashes ou de explosões errantes,
Os registros são de muitos e muitos corpos.

Na moda, manequins esquálidas, esqueléticas.
Na guerra, festins inválidos e panes... elétricas.
No fim, aprecio: poucas curvas; tantos mortos.

(Guilherme Ramos, 01/03/2013, 18h13. A “guerra da moda” versus a “moda da guerra”. De que lado você NÃO está?)

Imagem: VisualizeUs. Todos os direitos reservados.
 
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