quinta-feira, 21 de outubro de 2010 0 comentários

Internet: a nova face de um mundo

O homem já foi mudo, já grunhiu, já falou e expressou suas idéias aos outros homens. Evoluiu, cresceu e inventou maneiras de falar aos locais mais distantes. Não satisfeito, falou aos quatro cantos do mundo, aos confins do espaço e até hoje aguarda uma resposta... Sua necessidade pela comunicação é natural, é inconsciente. O homem é um ser social e necessita do contato com outro homem.

O homem não quer apenas “falar” aos seus semelhantes. Ele quer falar mais e mais, falar sempre. Desenvolvendo o serviço postal (nossos famosos correios) pôde-se manter maiores contatos, trocar informações com qualquer pessoa no mundo. Quem nunca usou o correio para mandar aquele cartão festivo ou pedir alguma coisa por catálogos especializados? Quem nunca recebeu uma conta de água, luz e telefone? Quem poderia viver sem esse serviço tão importante? Sim, precisamos dos correios. Mas precisamos de tempo, de velocidade, de praticidade.

De repente, o homem cria em seus centros militares, uma forma de comunicação quase que instantânea. A “teia mundial” estava sendo tecida pela maior das aranhas da terra: as forças armadas... Mas esse segredo não poderia ser mantido. O progresso tomou conta da descoberta e logo, logo o mundo usufruía dessa tecnologia de ponta. Era a nova face de um mundo, era a Internet.

Em pouquíssimo espaço de tempo, todo o planeta se comunicava em segundos. Japão e Brasil se falavam como falamos numa sala de aula. Informações cruzam oceanos numa velocidade tão incrível, antes que o mais poderoso avião levante vôo e as entregue ao seu objetivo. Pessoas se conhecem, amizades são formadas; criam-se tantas relações através de um monitor de computador, que antes só víamos em filmes (e achávamos um absurdo...) que é praticamente impossível se manter longe desses laços virtuais... Laços esses, às vezes tão reais, possibilitando o encontro de duas ou mais pessoas da mesma cidade ou de cidades diferentes (que nunca se viram, apenas “se leram” ou “se ouviram”). Sim, é como magia. A Internet, sem dúvidas, tem esse poder.

A Internet veio pra ficar. Com ela, possibilitaram-se transações comerciais mais rápidas (visto que se pode comprar tudo por ela), conhecer pessoas, museus, universidades, galerias de arte, cidades, jornais etc. sem sair de casa. Imagine o que é dizer a alguém: “Olha, estou te mandando o meu curriculum vitae agora...” e a outra pessoa responder (quase que imediatamente): “Ok, obrigado. Já o estou lendo em meu monitor. Mandarei a resposta daqui a pouco...” Isso levaria quase uma semana se feito pelo correio. Esse é o real poder da internet: a velocidade. Qualquer um pode ir e vir pelo mundo em instantes! O planeta está cada vez menor no “cyberespaço”, o ambiente virtual onde todos são iguais, sem distinção de sexo, raça ou credo. Todos têm seus lugares. São os “internautas”, que desbravam as fronteiras do infinito e seguem viagem através de uma simples linha telefônica.

Para uns, isso já é realidade; para outros, um futuro bem certo. Para o homem, uma vitória sobre seus limites. Para o mundo... o reflexo absoluto da evolução e do progresso.

(Maceió, AL, 09 de outubro de 1996.)

NOTA DO AUTOR: olha só o que eu achei no meu “alfarrábio digital”! Já é a segunda pérola esse mês! (a primeira você lê aqui). Vou procurar por mais. Rssss...

1996! E eu já escrevia sobre Internet. Agora, ironicamente, escrevo na Internet (blog) e reflito: quem poderia imaginar que se poderia fazer tal coisa, não é? Eu que pensava no uso da Internet (num tom tão globalizado...) sequer imaginaria o avanço atual (www2, banda larga, blogs, Orkut, Facebook, Twitter...). O que ainda virá? Nem me arrisco...

Esse texto foi escrito quando eu ainda era estudante de arquitetura e urbanismo na UFAL, mas não me lembro com qual objetivo (se trabalho de sala ou publicação em informativos do Diretório Acadêmico). Uma pena. Então, decidi postá-lo aqui para, além de alimentar meu faminto blog (tenho escrito pouco ultimamente), partilhar minha visão da tecnologia há... é... bem... hum... wow! 14 anos. 14?(!) Caramba... Rssss...
segunda-feira, 18 de outubro de 2010 0 comentários

Se mente...

Se...
Você mente,
Semente,
Só, mente.
Só mente,
Somente,
Se mente.

Não mente
Na mente.
Sol quente,
Solvente,
Só ventre,
Só entre...
Só.

Gente
Vende
Gente
Mente
Sente
Rente
Sente

Enfrente
O ser-mente
Em frente.
Retiscente...
Consciente.
Suficiente
Para sempre.

(Guilherme Ramos, 18/10/2010, 16h50)
quarta-feira, 13 de outubro de 2010 0 comentários

Sobretudo Sobre o Nada... (Os Cinco Verbos)

Nada seríamos se não fossemos, exatamente, iguais ao que somos. Hoje. Porque o amanhã é nova história. Nada do que nos esforçamos para ser o que somos até agora adiantará, pois é preciso mudar (e mudar) novamente (todo instante) para nos conectarmos ao (novo) mundo que se forma a cada segundo. Reside, nessa transformação constante, nessa metamorfose intelectual, nessa mutação conceitual, o segredo de “Ser” (algo, alguém, nada...). Ou, como diria o jornalista e escritor uruguaio, Eduardo Galeano, "somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos."

À primeira vista, parece confuso, como tudo na vida, mas pode ser muito simples. Basta usar outro verbo: o “Querer” que, normalmente, diz o ditado popular, é “Poder”. Quando queremos algo, fazemos de tudo para atingir o objetivo. Então, podemos de fato, fazer algo para atingir nossos objetivos. E, quando não dá certo, o que fazer? Usar outro verbo, o “Mudar”. E usar outros métodos para (novamente) chegar ao ponto principal. Isso é básico. É o que nos permite atingir o quinto e último verbo: “Viver”. Plenamente, saudavelmente, sem medo dos fracassos. Porque ao conjugar tais verbos conscientemente (e não só pensar, mas agir constantemente), uma derrota nada mais será que uma pausa para adquirirmos um novo conhecimento.

Uma coisa é certa: não se pode vencer sempre. Cresci ouvindo isso. E deduzi que, quando (aparentemente) perdemos alguma disputa, significa que nos foi dada uma chance (quase imperceptível) para aprender com a situação e para que os outros também possam experimentar uma vitória. Porque tudo tem seu tempo, seu momento certo de acontecer.

Enquanto isso conjugue os cinco verbos (não necessariamente nessa ordem):

SER

QUERER

PODER

MUDAR

VIVER

Eu, por exemplo, quero mais é viver para poder mudar de opinião e ser (exatamente) como eu sou.

Faça o mesmo!

E antes que alguém me pergunte sobre “Amar”, explico: o amor não deve ser conjugado, posto que não o considero verbo. Transitivo ou intransitivo, direto ou indireto, poeticamente falando, é belo. Dá margem a uma boa literatura. Mas humanamente vivendo, é melhor senti-lo, como todo bom (ou não tão bom) sentimento. Simples assim.

Se você concorda (ou não) que sentimentos devem ser tão simplesmente sentidos, ótimo! Quem sabe não seja hora de começar a conjugar seus verbos sobre esse assunto?

Bom exercício! (teórico e prático...)

(Guilherme Ramos, 12/10/2010, 12h24)
terça-feira, 12 de outubro de 2010 0 comentários

12 de Outubro

Poucos instantes para acabar o dia (que já é noite) e a madrugada se aproxima...

12 DE OUTUBRO deste ano teve gosto diferente. Foi o 1º dia das crianças que passei ao lado de minha pequena Hannah. Ainda não deu para ela curtir de verdade, mas... ano que vem tem mais! Rssss...

Em outros tempos, há muito tempo, EU era a única criança da casa. Agora, há OUTRA criança em casa. Uma criança que, com certeza, terá uma vida bem melhor que a minha. No que depender de mim, isso é fato.

Torçamos para que OUTRAS CRIANÇAS DO MUNDO também tenham uma vida melhor a partir desta data.

Afinal, não custa nada desejar o BEM... sem olhar a quem! É clichê, mas faz suuuuper bem!

Abraços infantis!!!

(Guilherme Ramos, 12/10/2010, 23h58)
sexta-feira, 1 de outubro de 2010 0 comentários

O Que Seria?

E a saudade, de nova idade,
Veio fina, tal corpo de menina,
Que desatina, meio sem querer,
Na novidade de ser ou não ser.
Mas eu, homem, meio menino,
Quase nino, todo, sem saber
(Em meio ao meu desejo fino)
O que queria (com você) fazer.
Seria amor? Seria. Ou não?
Sereia, ator, pura canção...
Ser, seria, mas cercearia o coração?
Ah! O quê, então? Não, não, não...
"- Não saberia", eu falaria,
Do que seria, sem ter nas mãos
Sua idolatria: adoraria. (Ria!)
(Mas não é são...)
Acordaria, (mais) sonharia,
Recriaria, sem gesto em vão,
O que seria, essa emoção.

[Guilherme Ramos, rompante em 30/09/2010, 16h13, após ler algo de Jorge Luis Borges (1899-1986)...]

Observação (inserida em 09/10/10): nem tinha percebido que já estava no 400º post! (como é que se diz isso por extenso, hein? Rsss...). Parabéns ao "Prosopoética"!
 
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