domingo, 27 de janeiro de 2008 0 comentários

Românticos

(Vander Lee)

Românticos são poucos
Românticos são loucos desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro é o paraíso.

Românticos são lindos,
Românticos são limpos e pirados
Que choram com baladas,
Que amam sem vergonha e sem juízo

São tipos populares, que vivem pelos bares
E mesmo certos vão pedir perdão
E passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo de outra desilusão

Romântico é uma espécie em extinção.

Românticos são poucos,
Românticos são loucos,
Como eu
Como eu
(Como nós)
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Desejo

(Victor Hugo)

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008 0 comentários

DEFINIÇÕES

(Mário Prata)

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.

Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Paixão é quando apesar da palavra “perigo” o desejo chega e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não... Amor é um exagero... também não. Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?

Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação, esse negócio de amor, não sei explicar.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008 1 comentários

Sofrer/Machucar

"Seres Humanos" sofrem.
Seja fêmea,
Seja macho,
Talvez aos "machos", caiba o termo "MACHOcar"
(Algo parecido com "tocar machucando" o outro... Mais usado como "machucar" mesmo...)
Mas as mulheres também aprenderam esse termo.
Enfim, "seres humanos" machucam.
E nesse ir-e-vir sado-masoquista... Resta-nos (apenas) amar.
Amar e ser amado.
(Às vezes, nem isso)
Mas amar é doar-se - Não importa o outro.
E seguimos amando...
(E, um dia, sendo amados...)

(Guilherme Ramos, 23/01/2008, 23h44)
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 1 comentários

Longe do Meu Lado

(Renato Russo)

Se a paixão fosse realmente um bálsamo
O mundo não pareceria tão equivocado
Te dou carinho, respeito e um afago
Mas entenda, eu não estou apaixonado

A paixão já passou em minha vida
Foi até bom mas ao final deu tudo errado
E agora carrego em mim
Uma dor triste, um coração cicatrizado

E olha que tentei o meu caminho
Mas tudo agora é coisa do passado
Quero respeito e sempre ter alguém
Que me entenda e sempre fique ao meu lado
Mas não, não quero estar apaixonado.

A paixão quer sangue e corações arruinados
E saudade é só mágoa por ter sido
Feito tanto estrago
E essa escravidão e essa dor
Não quero mais

Quando acreditei que tudo era um fato consumado
Veio a foice e jogou-te longe
Longe do meu lado

Não estou mais pronto para lágrimas
Podemos ficar juntos
E vivermos o futuro, não o passado
Veja o nosso mundo

Eu também sei que dizem
Que não existe amor errado
Mas entenda, não quero estar apaixonado.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008 4 comentários

A Voz do Coração

Tenho encontrado muitas pessoas, porém não encontro gente....
Há um vazio dentro de cada um, um processo de fechamento em sentimentos.
Encontro sorrisos, porém daqueles em que se expõem apenas os dentes mas não a alma.
Encontro verdadeiras tocaias e não corações.
Reservas insistentes da solidão.
Tenho encontrado pessoas medrosas, indecisas, escondendo-se de si mesmas.
Pessoas que dizem: "Não sei...
Não sei se quero...Não sei se posso..."
Quando sabem exatamente o que querem o que buscam e não se arriscam ao menor impulso.
Pessoas duras, escuras, impossibilitadas de amar.
Estas, cansei de encontrar...
Busco por gente que empreste o ombro, que não tenha medo de dizer que levou um tombo.
Busco por gente que assuma que amar traz sofrer, e com esta certeza não venha a se esconder.
Busco por gente que tenha a experiência de sobrevivente de guerra.
Busco por gente que de tanto caminhar não tenha receio de dizer que seus pés ainda tem muito por machucar.
Quero gente de coragem para comigo conversar.
Gente que saiba que máscaras não dá mais pra usar, e sendo seu perfil interno branco ou preto, tenha a dignidade de revelar.
Busco por gente que chore livremente, sem preconceitos pelas lágrimas derramadas.
Quero gente que saiba exatamente para onde está indo e o que deseja encontrar, mesmo que esta busca jamais venha a ser alcançada.
Busco por gente, "Seres Humanos" que saibam se doar,!!
Estes eu anseio por encontrar!!
Gente que saiba até ferir se precisar, mas que não minta, que não trapaceie, que seja valente em seu ato para não mais enganar a quem quer que seja, e nem a si próprio.
Gente de decisão, sem argumento para esconder escusas ações.
Quero gente que é gente, que mostra a cara, que vai à luta e dorme contente.
É desta gente que eu preciso
Gente liberta, que me dê um canto em seu colo e saiba me
Acariciar, sem tempo, sem hora e em qualquer lugar...

(Cora Maria)

Anteriormente, esse texto estava com o título errado e com assinatura "autor desconhecido", pois não sabia (mesmo) quem o havia escrito. Para minha sorte, "Sereníssima" (vide comentários), informou que tal pérola é de Cora Maria. Muito obrigado, Sereníssima! GRANDE abraço! Post atualizado em 21/01/2011, 0h06.
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Menotti Del Picchia (em gotas)

“Fechar ao mal de amor nossa alma adormecida é dormir sem sonhar, é viver sem ter vida...”.

“Ter, a um sonho de amor, o coração sujeito é o mesmo que cravar uma faca no peito. Esta vida é um punhal com dois gumes fatais: não amar é sofrer; amar é sofrer mais!"

"Amor? Receios, desejos, promessas de paraísos, depois sonhos, depois risos, depois beijos! Depois... E depois, amada? Depois dores sem remédio, depois pranto, depois tédio, depois... nada!"

“Em vez de desejar o olhar que te exaspera, procura esse outro olhar que te espreita e te espera. Que está, por certo, a esperar pelo teu!”

[Menotti Del Picchia (1892-1961), in: "Juca Mulato"]
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Shakespeare (em gotas)

"Se a música é o alimento do amor, toquem! Dêem-me o excesso dela para que, empapuçado, eu perca o apetite." (Shakespeare, em "Noite de Reis")
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Drummond (em gotas)

"Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? Amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? Sempre, e até de olhos vidrados, amar?"

(Carlos Drummond de Andrade)
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Quase Sem Querer

(Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Renato Rocha)

Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente
Estou tão tranqüilo
E tão contente...

Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém...

Me fiz em mil pedaços
Prá você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir prá si mesmo
É sempre a pior mentira...

Mas não sou mais
Tão criança, oh! oh!
A ponto de saber tudo...

Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê...

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo
O mesmo que você...

Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?...

Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto...

Já não me preocupo
Se eu não sei por quê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê..

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero
O mesmo que você...
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Deixo

(Sergio Passos/Jorge Papapá)

Eu me lembro sempre onde quer que eu vá
Só um pensamento em qualquer lugar
Só penso em você
Em querer te encontrar
Só penso em você
Em querer te encontrar

Lembro daquele beijo que você me deu
E que até hoje está gravado em mim
E quando a noite vem
Fico louca pra dormir
Só pra ter você nos meus sonhos
Me falando coisas de amor

Sinto que me perco no tempo
Debaixo do meu cobertor

Eu faria tudo pra não te perder
Assim
Mas o dia vem e deixo você ir

Deixo você ir...
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008 0 comentários

Teimosamente

Eu já (vi)vi histórias de amor...
Às vezes, contos de terror,
Mas... vivi.
Pior é quem não tem
Histórias pra contar,
Lembranças pra lembrar...
Quem não tem ninguém,
Não pode reclamar:
Do terrível vai-e-vem
Das emoções (e explosões)
Que a paixão nos traz;
Da busca pela paz
(Interior?)
E o coração?
Tachado de vilão,
Só quer final feliz.
Mas quem está certo?
(Ou errado? Hein? Hein? Hein?)
Por favor, alguém me diz!
Porque não importa o tempo,
(Nem a hora, nem o lugar)
O que eu tinha de fazer...
(Teimosamente)
Eu fiz.

(Guilherme Ramos, 10/01/2008, 10h57)
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008 0 comentários

Jogo da Vida

Acredite em você.
Acredite em seus sonhos.
Acredite até mesmo em seus “medos”.
O que seríamos de nós, sem eles?
O medo deve ser usado como um “escudo” (a nosso favor), nunca como uma fortaleza intransponível (atrapalhando nossos planos).
Afinal, pessoas especiais como você merecem o melhor da vida.
Mas, para isso, precisam passar por muitas “provações” (e provocações).
Não há mais nada mais complicado do que nós mesmos.
Nós, seres humanos, somos um “campo de batalha eterno”.
Se não fosse assim, deixaríamos essa vida (bandida) e tomaríamos o lugar dos anjos.
Para onde eles iriam? E o que fariam nessa nova posição?
Acho que o Criador, o Demiurgo, o Soberano, enfim, o “Inominável”, não quer isso.
Acho que Ele colocou cada coisa em seu devido lugar, com sua devida função.
Mas cabe a cada um de nós, movermos as peças certas... nas horas certas.
Se hoje você está “parada” (sentindo-se isolada, perdida), tenha paciência e aprenda com o tempo, com a experiência. Pode ser, apenas, a vez do “outro” jogar.
Apenas prometa que vai ser feliz.
E seja!

(Guilherme Ramos, 07/01/2008, 00h16)

Para uma amiga muuuito “gata” (na verdade, um “lincezinho” que adoro! Rssss...). Felicidades, Anali(n)ce! Desejo a você um ano repleto de realizações. E acredite, mulher: “o mundo não precisa de você para girar. Mas, com você, ele gira tãããããão melhor...” Bola pra frente, garota! E como você mesma costuma dizer: “devaste e queime”! Rssss...
domingo, 6 de janeiro de 2008 0 comentários

Água da Chuva

"Algumas pessoas pensam que nos machucam. Essas, passam como água da chuva. E o pior (pra elas, claro): vem o sol da manhã e as evapora de nossas vidas."

(Guilherme Ramos, 06/01/2008, 19h59)

Dandi: acredite. Tudo passa. (até "uva", passa! rsss... Seja feliz, mulher! Vc merece.)
sábado, 5 de janeiro de 2008 0 comentários

Hora da Festa

É só vc marcar...
Numa mesa de bar...
Ao som de um bolero...
(ou frevo)
Na hora da festa...
Porque, se a gente não presta,
A gente pode melhorar!

(Guilherme Ramos. Sem data)

Poeminha bobo de fim de tarde...

Rssss...

Para uma Pessoa TDB.

Né?

Né.
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Saliva

"De tanto prender o choro, salivava sem parar..."

(Guilherme Ramos, 01/03/07, 22h)


Apenas mais uma da inspiração... Só isso. E faz tempo... Mas só postei hoje. Ponto. E pronto.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008 0 comentários

Afinal, o que é poesia?

É, eu vivo me perguntando isso. Bem, vamos a (uma possível) resposta.
* * *
AFINAL, O QUE É POESIA?
(Por: Mônica R. da Costa)

Qual é o lugar de onde os poetas falam? Próximo à vida comum ou aos livros e tratados críticos sobre arte? Um consenso entre poetas atravessa os séculos: poesia é arte construída, arquitetura de linguagem. Poesia, também, é um eterno referir-se ao passado e ao presente.

Para Paul de Man, há um trânsito pelas diversas épocas históricas. E entre nações. A literatura incorpora todas as épocas e países.

Há poetas que priorizam os sentimentos. Há outros que enfocam a observação. Existem outros, ainda, que manipulam formas como se fossem artesãos da palavra. Na poesia, sentimento e emoção transformam-se em versos e estrofes que reinauguram o ato de observar o mundo.

Os livros guardam a história do mundo e um livro só pode conter todos os outros e todo o universo.

Independentemente das inúmeras formas e gêneros de poesia, os escritores destinam parte de seu tempo definindo poesia e toda arte de expressão com a palavra, seja contada, disposta numa tela de computador, conquistando movimento, dimensão, volume e cor, ou impressa num livro.

O trabalho do poeta será sempre de aproximar o sentido de uma forma ideal de expressão, ou um ser, aproximando-os da existência real.

Mas a arte não é a coisa ou a vida, de forma que sempre haverá distância entre a representação e a realidade. Escrever é um jogo e uma necessidade para alguns, como Kafka. O autor afirmou em carta a um amigo que sempre ficava ansioso na hora de escrever.

"A definição de um escritor é a explicação de sua eficácia, até o ponto em que ele a possui. Ele é o bode expiatório da humanidade, torna possível aos homens gozar o pecado sem culpa, quase sem culpa."


(Fonte: http://planeta.terra.com.br/arte/prosapoesiaecia/afinalartigo.htm)
terça-feira, 1 de janeiro de 2008 0 comentários

Incontestável

E como centésimo post aqui, uma homenagem a um cara que considero MUITO! Meu amigo-irmão-de-letras, Otávio Ugá!

Identificação imediata, mano velho! Identificação imediata...

Feliz 2008! (e 9 e 10 e 11 e...)

* * *


"Aviso público a mim: não perca tempo com o incontestável, porque nem belezas, nem 'conquistas', escondem decepções."

(Otávio Ugá)
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Leminski (em gotas)

"Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além?"

Meu caro Paulo Leminski: VAI!

E "ai" de quem não acreditar nisso!

Kkkkkk...
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Por Você

Por Você
(Roberto Frejat/Guto Goffi)

Por Você
Eu dançaria tango no teto
Eu limparia
Os trilhos do metrô
Eu iria a pé
Do Rio a Salvador...

Eu aceitaria
A vida como ela é
Viajaria a prazo
Pro inferno
Eu tomaria banho gelado
No inverno...

Por Você!
Eu deixaria de beber
Por Você!
Eu ficaria rico num mês
Eu dormiria de meia
Prá virar burguês...

Eu mudaria
Até o meu nome
Eu viveria
Em greve de fome
Desejaria todo dia
A mesma mulher...

Por Você!
Conseguiria até ficar alegre
Pintaria todo o céu
De vermelho
Eu teria mais herdeiros
Que um coelho..

Eu aceitaria
A vida como ela é
Viajaria à prazo
Pr'o inferno
Eu tomaria banho gelado
No inverno...

Eu mudaria
Até o meu nome
Eu viveria
Em greve de fome
Desejaria todo dia
A mesma mulher...

* * *

Será?
(Kkkkkkkk...)
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Dois mil e...

Primeiro post do ano.
Sem sono, sem sono.
Melhor aproveitar essa "insônia".


* * *















Dois mil e...
Oito.
Mas poderia ser
Nove,
Dez,
Onze...
Podia ser qualquer ano.
Seria sempre novo,
O ano.
Veríamos os mesmos rituais,
As mesmas pessoas,
(Apesar de diferentes...)
Cabelos,
Olhos,
Lentes,
(Algumas de contato)
Corpos,
(Muitos em contato)
Cheiro de pólvora,
Fogos,
Som...
Muito alto.
Pessoas muito “altas”
Risos,
Lágrimas...
Algumas cristalizadas pela rua.
No asfalto.
Resquícios do que outrora fôra
“Êxtase etílico”
Álcool.
Nacional e importado.
Areia no pé,
Areia na roupa...
Areia na praia
E por toda a praia.
E o mar...
E o sol...
Um tom especial, na manhã.
Que parece não acabar.
O sono não vem.
Não me quer derrubar.
Só me resta esquecer o que vem...
E re(a)cordar.
Sonho (ou não)
Estou aqui a contar.
Dois mil e...
Oito,
Sete,
Seis,
Cinco,
Quatro,
Três,
Dois,
(H)um...
[@!#$%*(&¨%$@#$%¨&*(&¨%$]
Feliz “ano novo”!
[...]
Sim, podia ser qualquer ano.
Mas seria sempre novo.
O ano.

(Guilherme Ramos, 01/01/2008, 10h52)
 
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