quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013 0 comentários

Poesia


A poesia já existe, na imediata intenção do poema.

(Mas atenção!)

Há inspirações que insistem em se fingir de "problema"...

(Guilherme Ramos, 27/02/2013, 11h26.)
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013 0 comentários

Conversa


Um aviso, porém, aos incaltos bacantes:
No momento pós-gozo, não sejam maçantes.
Dormir, nem pensar! É inadimiscível!

Por mais que fazer sexo, amor ou trepar
seja tão maravilhoso e até possa cansar,
Uma boa conversa, após, é imprescindível.

(Guilherme Ramos, 03/10/2012, 2h15.)

Imagem: Google.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013 0 comentários

Princípios


Deus lambeu nossos sonhos,
Comeu as nossas vidas
E cuspiu nossas almas.
O que nos restou, então,
senão nossos princípios,
Nossas idas e vindas...
Nossas mais puras causas?

(Guilherme Ramos, 08/07/2012, 00h56.)

Imagem: Google.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013 0 comentários

Sucesso


Crescer profissionalmente com ética e bom humor. Segredo de sucesso? Talvez. 
Mas, ao meu ver, é antes de tudo uma questão de amor-próprio. E ao próximo. 
Daí, o sucesso.
  
(Guilherme Ramos, 21/02/2013, 10h53.)

Imagem: Google.
domingo, 24 de fevereiro de 2013 0 comentários

Com Sequências



Mas se toda ação traz consequência,
Há outras, também, na sua ausência.

(Guilherme Ramos, 17/02/2013, 00h04.)

Imagem: Google.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013 0 comentários

Contos que não se contam (parte 7)



7.


Era matar... ou morrer. Eu não teria outra chance. Voragens são guiadas pela fome incontrolável. Infinita. E meu sangue parecia-lhe um bom e velho vinho. Pronto para ser degustado. A questão é: quando algo é orientado por puro instinto, a razão precisa controlar as coisas.


- Vem, neném... Vem me fazer um “cafunezim”... – Disse, abrindo os braços.


A Voragem não perdeu tempo. Avançou como uma bala de canhão contra mim. Eu apenas dei um passo... e sumi. Já estava de volta ao mundo dos vivos. O problema é que precisaria voltar o quanto antes, pois, já dizia uma canção das bandas de lá:


Se lá me feri, eu preciso, por lá, me curar...

Se eu me demorar, a ferida vai aumentar.

Sem cuidados especializados, ela irá inflamar:

E o que não se vê na Terra, em Mori há de matar.


É medicina espiritual simples: se eu estou doente terminal na Terra e for a Mori, meio que fico “imortal” por lá. Daí, se eu voltar aqui... PUF! Vou direto pra sepultura. Viro pó. Caio duro. Morro legal. E o contrário, claro, também vale. O problema é que morrer na Terra tem lá suas vantagens. Tem toda aquela pompa, tiros para o alto, recepção, choro e vela. Já em Mori... Ah... Ninguém vai pra velório ou enterro. Nem precisa. Tem as voragens. Mais prático do que cremação. Mais limpo que banheiro de base espacial.


Nossas doenças terrenas são fichinha se comparadas às infecções de Mori. Um ferimento de Voragem me daria... umas 3 horas de vida. OK, sem dramas. Você já deve ter percebido que eu consegui. Do contrário, não estaria escrevendo essa história, certo? ERRADO! Já vi que você não entendeu NADA do que eu falei até agora. O que é normal, para um amador. Mas presta mais atenção, tá? Não vou explicar novamente: havia um tempo para terminar meu trabalho, limpar a casa antes de voltar. Porque se eu não conseguisse, não poderia mais voltar para Mori, porque estaria fraco demais e morreria bem antes de tentar me curar. Eu ficaria fadado a viver na Terra para sempre, envelhecer e morrer como um humano comum. Acho que chamam isso de “Purgatório”. Agora, além de estar simplesmente na Terra, sem poder fazer tudo o que gosto, aí, já seria um “Inferno”. 


Se você espera que eu faça alguma referência ao “Paraíso”, esqueça. Isso não existe. Alias, até existe... Mas temporariamente: seria estar nos braços da voz de veludo...


- OK, malefícios da casa! – Gritei. Porque tinha pressa. - Aqui estou, de arma em punho, pronto para expulsá-los! Saiam de onde estiverem, porque eu não vou dar outra chance!


- Por que faz isso, estranho? – Disse a vozinha, quase sem força. - Nada fizemos contra você... 

E, de repente, eu não sabia o que responder.

(Guilherme Ramos, 22/02/2013, 00h56. Parece que hoje, a inspiração veio mais louca do que nunca! Rsss...)
0 comentários

Contos que não se contam (parte 6)

6.

E o tudo mais... só foi mais... escuridão.
- VORAAAAAAAAAAAAAAGEM!... – Gritei com o volume de um trovão.
O que me seguia deu um salto tão forte, que quase me atropela. Eu não agüentei e sentei de tanto rir.
- Isso não foi engraçado – Disse. Era um rapaz. 18 anos. Ou menos. Estava todo desarrumado, mais parecia um mendigo.
- O que diabos você está fazendo aqui? Esse local não é lugar para pivetes.
- E você acha que eu queria estar aqui? Eu fui expulso!
- Expulso? De onde?
- Da casa, brother. Aquele lugar não é normal. Tem alguma coisa estranha por lá.
- Jura? – Ironizei. – Nem notei isso.
- É sério! Eu morei por lá por anos, De repente, começaram a aparecer umas coisas estranhas, barulhos de madrugada. Tudo ficava frio, enevoado...
- Peraí... Enevoado? Tá de sacanagem, né? 
- Claro que não! Eu pareço estar mentindo?
De fato não parecia. Havia medo em seu olhar. E não foi do susto que lhe causei. Era um medo ancestral, visceral, coisa de instinto. Ele não queria se machucar, não queria morrer. Mas então...
- Como chegou aqui? – Perguntei.
- Já disse, fui expulso.
- Por quem, criatura?
- Pelos... – E não disse mais nada. – Nos seus olhos instalou-se um horror tão forte, que eu podia sentir o cheiro do medo que lhe fugia das entranhas. E isso só podia ser mau sinal...
- VORAAAAAAAAAAAAAAGEM!... – Gritou o rapaz, com a força de um vulcão.
Instintivamente, eu me esquivei. Mesmo assim, aquela sombra demoníaca passou raspando por mim, rasgando-me um dos flancos. Já o rapaz, não teve tanta sorte. A Voragem o engoliu num só golpe. E, insaciável, já armava um novo bote contra mim. 
Agora, era a hora. Era matar... ou morrer.

(Guilherme Ramos, 22/02/2013, 00h29. Mais uma parte... Do que eu não sei no que vai dar! Rsss...)
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013 0 comentários

Partir... (Para um Sonho)



(...)

E foi num sonho que ele partiu sem demora,
Sem olhar para trás, sumiu, foi-se embora
Para (quem sabe?) nunca mais... voltar.

E foi, assim, sem dor, sem peso no peito,
Buscar sua paz, porque era o seu direito:
A mais completa liberdade... para o amar.

(Guilherme Ramos, 14/02/2013, 18h18, numa inspiração dupla, ao mesmo tempo em que escrevia um soneto - "Feroz... Mente". Vá entender!)
0 comentários

Feroz... Mente



Quando me dá vontade de escrever, é assim:
Baixa a pressão, aumenta a tensão, enfim,
Não adianta teimar, evitar, nada melhora,
A menos que eu registre as palavras na hora.

Na verdade, tudo independe da minha vontade.
É uma comichão incontrolável por todo o corpo,
Só para se eu escrever ou se eu estiver morto!
E, para sobreviver, há palavras em celeridade!

Desespero não adianta, porque tudo vai se perder!
Memória não guarda a palavra que quer lhe vencer.
Isso é uma guerra. Interna, porém... necessária.

Ao invés de lutarem, armem-se com as palavras certas,
Rabisquem, digitem, registrem as suas ideias, poetas!
Porque inspiração, feroz assim, não é arbitrária...

(Guilherme Ramos, 14/02/2013, 18h18, num ataque massivo de inspiração feroz, cavalar! Afffff... Como se pode escrever DOIS poemas ao mesmo tempo??? Coisa de doido... ou de artista. O que é - quase - a mesma coisa. Rssss...)

Imagem: Google.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013 0 comentários

Idade


Quando a idade vier, os anos se passarem, a beleza diminuir e o tesão amansar, ainda teremos um ao outro. Musas são muitas e de diversas funções. Daí vem as “inspirações”. E, numa boa, quando tivermos 60, 70, 80 anos, só nos restará o companheirismo. É o que está na cabeça da gente que fica, sempre. É o que buscamos: beleza (por instantes), mas conteúdo sempre, bom humor, amizade... e um sem número de sinônimos afins. Sei que já falei isso antes. De uma forma ou de outra. Até com outras palavras. Mas sempre é bom reforçar, para acabar com as dúvidas reminiscentes, quase sempre tão ingratas...

(Guilherme Ramos, 13/02/2013, 23h17. Revisando uns textos, encontrei esses trechos... Antigos. Atuais. E resolvi postar.)

Imagem: Google.
0 comentários

Fórmula


Porque quando o ÓDIO invade o meu peito...
Eu quero mais é AMAR (e amar) ao próximo!
No mais, só quero PAZ e (muito) RESPEITO.
Não abro mão da FELICIDADE. Não é ótimo?


(Guilherme Ramos, 13/02/2013, 22h05. E no início, era o ódio. Mas, com o tempo, fez-se "palavra" e escorreu entre as "frases" da vida. Foi quando me vi humano e, perdoando-me mais uma vez, fiz-me feliz novamente...)

Imagem: blog Devaneio Tolo. Todos os direitos reservados.
sábado, 9 de fevereiro de 2013 0 comentários

Mudança



- ¡Hola!
- Olá! Como você está?
- Muy bien...
- Em português, por favor...
- Ah! Tá. Muito Bem! E você?
- Mais ou menos.
- Ué? Mais ou menos por quê?
- Porque tô na mesma.
- Na mesma? Na mesma o quê?
- Na problemática, na mesma relação...
- Ah! Entendi. Na mesma merda.
- Também não é assim, pô!
- Como não é assim, rapaz? Desde que eu te conheço, você só reclama da vida!
- Você tá sendo injusto. Minha vida não é um mar de rosas...
- Tá vendo? E como seria, se você nunca faz nada pra mudar?
- Mas eu faço! As coisas é que nunca dão certo!
- Dá um exemplo.
- Um exemplo? Do quê?
- Do que você fez pra mudar o mundo.
- Eu?
- É! Tá vendo outro aqui?
- Tô. Você.
- Deixa de enrolar e responde!
- O que eu já fiz pra mudar o mundo?
- É.
- Eu tentei mudar...
- Mudar o quê?
- Eu tentei mudar.
- Sim, eu ouvi, mas você tentou mudar o quê?
- Quem.
- Quem?
- Eu.
- ...
- É. Não adianta querer mudar o mundo, se você não muda primeiro.
- E até agora, nada?
- Nada. Só promessas.
- E você é tão difícil assim?
- Sou sim. Não tenho a educação que você tem.
- É. Isso ajudaria.
- Bastante. Mas um dia eu vingo!
- Tomara. Só não dá vacilo pra qualquer “gringo”.
- Valeu a dica, Chile.
- Não há de que, Brasil.
- Até mais ver!
- Hasta la vista...

(Guilherme Ramos, 08/01/2013, 18h15. E esse diálogo até que não é muito difícil de acontecer...)

Imagem: Blog Fragmentos da História da Arte. Todos os direitos reservados.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013 0 comentários

O Discurso da Dança



Quando gestos são palavras e o corpo pronuncia frases, a dança sem precedentes narra a história sem fim da misteriosa personagem: você. Sua precisão me comove. A narrativa emociona o mais insensível dos públicos. Tudo porque você fala com a alma. E ela é poliglota. É musical. É matemática. É universal.

Cada gesto, "contragesto", tempo e contratempo vem na hora certa. Não há prolixidade. É preciso. E, mais preciso ainda, é a necessidade de se expressar. De dizer o que nem mesmo se sabe ao certo, mas se tem certeza de existir.

É coisa que consome por dentro. É sentimento. É razão sem constrangimento. É a arte de fazer. A dança, essa menina de milhões de anos, já se apresenta por si só há gerações. E, em cada época adquiriu seu significado. Mas é hoje, nas sinuosidades do corpo que se movimenta numa (quase) concentração iogue, que toma formas tão contemporâneas.

A análise do discurso apresentado é bem claro: pense o que quiser. Porque dizer o que se quer fazer (e o que se quis dizer) é didático demais. Ele quer fazer pensar profundamente e não dar apenas respostas superficiais. Ele quer dançar. Como se respira. Necessariamente. Completamente. Biologicamente. E nós, meros expectadores de sua arte, agradecemos.

Aos meus amigos e amigas bailarinos (e aos que ainda vou conhecer), esses que constroem a melhor das narrativas que tenho conhecimento: quando um gesto é maior do que milhões de palavras, minha contribuição é, no mínimo, o aplauso.

(Guilherme Ramos, 08/02/2013, 13h13. Só porque hoje é sexta-feira, antes do carnaval 2013. Mas isso soa como homenagem aos artistas que se doam de corpo, alma e argumento, através da – bela – dança que fazem. Feliz em ter vocês por perto! Tornam minha vida mais vida e meu sentimento mais sentimento.)

Imagem: Fotolog de Márcia Oliveira. Todos os direitos reservados.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013 0 comentários

Processo (Inspiração)


Quando poetas ardem, inflamam,
Em chamas clamam por sua atenção:
Saiam da frente, insensíveis,
Insanos, perdidos (ou algo indizível!)
Seja aqui, ali ou em qualquer momento
Um pouco mais desprezível,
Resta-me saber, da verdade,
Retirar mais uma grande inspiração...
Inspirar-me em que, se só há desgraça?
É assim? É pra retirar na raça?
Mas pra que me esforço tanto
Em ser ético, limpo, apesar da faixa etária?
Se, a maioria dos que não me lêem,
Ou não me sentem, caem em desgraça
E se dissolvem, desaparecem,
Tal qual bactérias, na água sanitária...

(Guilherme Ramos, numa noite dessas, acho que faz tempo, quando "inspiração" era a coisa mais difícil do mundo. Já a "revolta" por conta disso... Bem, foi um mero detalhe. Rssss...)

Imagem: Barbearia Clube. Todos os direitos reservados.
 
;