quinta-feira, 9 de julho de 2015

Soneto da Infidelidade*


De todo o seu desamor serei desatento
Agora, sem um apelo, e nunca, enquanto
Que mesmo o impasse de um entretanto
Sele e desencante nosso estranhamento

Quero esquecê-lo em cada não-momento
E em seu calor vou me recolher num canto
E chorar meu choro, e rezar para meu santo
Porque pensar no pesar, é puro sofrimento

E, por mim, quando um dia eu me cure
Depois da morte, tristeza para quem já tive
Ou, talvez, a solitude, que ninguém reclama

Eu possa me arrepender do que não fiz (e revide):
Pois sou humano, repleto de humor e drama
Paciência tem limite: você, sozinha, que se torture.

[Guilherme Ramos, 09/07/2015, 9h40. Perdoe-me, Vinicius (pela paródia*, paráfrase e ousadia), mas poesia também é fundamental...]

Coincidentemente (ou não), acordei com vontade de fazer uma paródia. Essa paródia. Daí, minha amiga Rita Coruripe me lembrou: hoje (09/07/2015), faz 35 anos de falecimento do poetinha. Que coisa, hein? Emoticon grin Viva Vinicius!

Imagem: Google.

1 comentários:

Luciana Deschamps disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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