quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Afinal, o que é poesia?

É, eu vivo me perguntando isso. Bem, vamos a (uma possível) resposta.
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AFINAL, O QUE É POESIA?
(Por: Mônica R. da Costa)

Qual é o lugar de onde os poetas falam? Próximo à vida comum ou aos livros e tratados críticos sobre arte? Um consenso entre poetas atravessa os séculos: poesia é arte construída, arquitetura de linguagem. Poesia, também, é um eterno referir-se ao passado e ao presente.

Para Paul de Man, há um trânsito pelas diversas épocas históricas. E entre nações. A literatura incorpora todas as épocas e países.

Há poetas que priorizam os sentimentos. Há outros que enfocam a observação. Existem outros, ainda, que manipulam formas como se fossem artesãos da palavra. Na poesia, sentimento e emoção transformam-se em versos e estrofes que reinauguram o ato de observar o mundo.

Os livros guardam a história do mundo e um livro só pode conter todos os outros e todo o universo.

Independentemente das inúmeras formas e gêneros de poesia, os escritores destinam parte de seu tempo definindo poesia e toda arte de expressão com a palavra, seja contada, disposta numa tela de computador, conquistando movimento, dimensão, volume e cor, ou impressa num livro.

O trabalho do poeta será sempre de aproximar o sentido de uma forma ideal de expressão, ou um ser, aproximando-os da existência real.

Mas a arte não é a coisa ou a vida, de forma que sempre haverá distância entre a representação e a realidade. Escrever é um jogo e uma necessidade para alguns, como Kafka. O autor afirmou em carta a um amigo que sempre ficava ansioso na hora de escrever.

"A definição de um escritor é a explicação de sua eficácia, até o ponto em que ele a possui. Ele é o bode expiatório da humanidade, torna possível aos homens gozar o pecado sem culpa, quase sem culpa."


(Fonte: http://planeta.terra.com.br/arte/prosapoesiaecia/afinalartigo.htm)

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