segunda-feira, 14 de abril de 2008

Solidão do Sol

No momento estou em (re)construção.
Não é nada grave.
Talvez seja crase,
Algum momento agudo,
Circunflexo, exclamativo
Ou simplesmente plural.
Na verdade, estou me (re)conhecendo.
Momentaneamente me (re)compondo.
O ano que passou não foi discreto
Veio repleto de mudanças.
(Algumas abruptas!)
Não houve tempo para nuanças.
E o que mudou em mim,
Talvez não lhe agrade...
Talvez te apaixone...
Talvez seja certo...
Talvez só engane.
Mas o que sinto,
Pode ter “plena” certeza,
Que na mais simples “beleza”,
Vivi séculos, num instante.
Mas o tempo cobrou o seu dízimo
E sonhos (tão em dupla sonhados)
Despertaram suados...
Sozinhos, isolados.
Quem procurou alguém,
Encontrou ninguém ao seu lado.
Fica o (meu) conserto à mercê do desejo
E a canção, então tocada em RÉ bemol,
Reféns de um concerto (quase mudo)
Porque depois do vinho de seu beijo,
Só me restou a solidão do sol.

(Guilherme Ramos, 14/04/2008, 21h28)

2 comentários:

Cristiana Fonseca disse...

Seu espaço é fantástico, adoro seus poemas, me sinto muito bem aqui.
Beijos,
Cris

Jade Santos disse...

Amigo,
Esse é "aquele"!rs.
Aperfeiçoado e tocante.
Beijão amigo. Você sabe ser, onde tantos só sabem ter.
Beijos.

Postar um comentário

Sua participação aqui é um incentivo para a minha criatividade. Obrigado! E volte mais vezes ao meu blog...

 
;