terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Clementine

Ela bebe.
Eu também.
Das mais estranhas e previsíveis coisas.
As músicas,
As poesias,
As prosas,
Os filmes,
As fotos,
E também o álcool.
É meu brilho eterno,
É minha mente; 100 lembranças,
É mulher, é criança.
É um sem-número de coisas
Pra todo mundo.
E adora isso.
E odeia isso.
Queria ser só mais uma na multidão.
Mas não é.
Queira ou não.
Ensina e aprende
Deseja e não se surpreende
Com o que demonstro
Ou não demonstro.
“Demonstrar” seria um verbo
Onde escolhemos revelar
O “monstro” que há em nós?
Porque sempre há um monstro.
E monstros, geram monstros...
Ah! Ela fuma.
Eu não.
Mas quem se importa?
“Ao fumo das Antilhas!”
“À imortalidade da alma!”
(Não é, Azevedo?)

(Guilherme Ramos, 17/12/2006, 21h59)

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