sábado, 6 de fevereiro de 2010

Estranheza

É estranho
Não ser estranho
Ou ser estranho.
Estranhar a estranheza
É estranho;
Estranhar a não estranheza
É estranho.
É estranho estranhar
O não estranhar.
Estranho é não falar
Coisas estranhas.
E, por ser estranho,
Estranha-se
Quem não é estranho
(Igual a mim...)
Ou quem é, estranhamente,
Tão estranho quanto eu.
Muito estranho, não?
É de se estranhar, mas...
Há de se acostumar.
Afinal, nem todo estranho
É estranho para sempre.
Conveniência? Não.
Prefiro dizer "convivência".
E "com vivência" (e paciência)
Haverá (mais) algo tão estranho?
Não seria de se estranhar,
Tudo mudar (e mudar e mudar...)
Estranho seria não aceitar.
Então, o que será (que será?)
Estranhar ou não estranhar?

(Guilherme Ramos, 05/02/2010, 13h50.)

1 comentários:

Jr Vilanova disse...

Estranhar SIM, ser estranho SEMPRE, porque o previsível, o normal, o casual, não tem a mesma graça! Aviso a todos em bom som: SOU ESTRANHO!(E desde que constatei isso, sou mais feliz!)

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