sábado, 5 de novembro de 2011

Cicatriz(es)


Ao comemorar cada aniversário,
Os muitos anos de vida que veio a receber,
De forma antagônica, exatamente ao contrário,
Foram um pouco de morte a lhe acontecer.

Em todo esse tempo, de incontáveis sofrimentos,
Não houve feridas, mas letais cicatrizes:
(Não em seus corpos, saudáveis, isentos)
Eviscerados momentos em que foram (in)felizes.

Quanta tolice lhe veio à mente (de repente):
Como se tolhesse a vontade de continuar
A viver, a amar, a sorrir, a sonhar...

O que houve, de fato, não mais se sente.
Restos mortais, isolados, por vezes imorais,
Dos (bons?) tempos que não voltam mais...

(Guilherme Ramos, 24-30/10/2011, 19h56, sobrevoando nuvens; submergindo pensamentos...)

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