quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sobretudo Sobre o Nada... (Os Cinco Verbos)

Nada seríamos se não fossemos, exatamente, iguais ao que somos. Hoje. Porque o amanhã é nova história. Nada do que nos esforçamos para ser o que somos até agora adiantará, pois é preciso mudar (e mudar) novamente (todo instante) para nos conectarmos ao (novo) mundo que se forma a cada segundo. Reside, nessa transformação constante, nessa metamorfose intelectual, nessa mutação conceitual, o segredo de “Ser” (algo, alguém, nada...). Ou, como diria o jornalista e escritor uruguaio, Eduardo Galeano, "somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos."

À primeira vista, parece confuso, como tudo na vida, mas pode ser muito simples. Basta usar outro verbo: o “Querer” que, normalmente, diz o ditado popular, é “Poder”. Quando queremos algo, fazemos de tudo para atingir o objetivo. Então, podemos de fato, fazer algo para atingir nossos objetivos. E, quando não dá certo, o que fazer? Usar outro verbo, o “Mudar”. E usar outros métodos para (novamente) chegar ao ponto principal. Isso é básico. É o que nos permite atingir o quinto e último verbo: “Viver”. Plenamente, saudavelmente, sem medo dos fracassos. Porque ao conjugar tais verbos conscientemente (e não só pensar, mas agir constantemente), uma derrota nada mais será que uma pausa para adquirirmos um novo conhecimento.

Uma coisa é certa: não se pode vencer sempre. Cresci ouvindo isso. E deduzi que, quando (aparentemente) perdemos alguma disputa, significa que nos foi dada uma chance (quase imperceptível) para aprender com a situação e para que os outros também possam experimentar uma vitória. Porque tudo tem seu tempo, seu momento certo de acontecer.

Enquanto isso conjugue os cinco verbos (não necessariamente nessa ordem):

SER

QUERER

PODER

MUDAR

VIVER

Eu, por exemplo, quero mais é viver para poder mudar de opinião e ser (exatamente) como eu sou.

Faça o mesmo!

E antes que alguém me pergunte sobre “Amar”, explico: o amor não deve ser conjugado, posto que não o considero verbo. Transitivo ou intransitivo, direto ou indireto, poeticamente falando, é belo. Dá margem a uma boa literatura. Mas humanamente vivendo, é melhor senti-lo, como todo bom (ou não tão bom) sentimento. Simples assim.

Se você concorda (ou não) que sentimentos devem ser tão simplesmente sentidos, ótimo! Quem sabe não seja hora de começar a conjugar seus verbos sobre esse assunto?

Bom exercício! (teórico e prático...)

(Guilherme Ramos, 12/10/2010, 12h24)

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