O homem já foi mudo, já grunhiu, já falou e expressou suas idéias aos outros homens. Evoluiu, cresceu e inventou maneiras de falar aos locais mais distantes. Não satisfeito, falou aos quatro cantos do mundo, aos confins do espaço e até hoje aguarda uma resposta... Sua necessidade pela comunicação é natural, é inconsciente. O homem é um ser social e necessita do contato com outro homem.
O homem não quer apenas “falar” aos seus semelhantes. Ele quer falar mais e mais, falar sempre. Desenvolvendo o serviço postal (nossos famosos correios) pôde-se manter maiores contatos, trocar informações com qualquer pessoa no mundo. Quem nunca usou o correio para mandar aquele cartão festivo ou pedir alguma coisa por catálogos especializados? Quem nunca recebeu uma conta de água, luz e telefone? Quem poderia viver sem esse serviço tão importante? Sim, precisamos dos correios. Mas precisamos de tempo, de velocidade, de praticidade.
De repente, o homem cria em seus centros militares, uma forma de comunicação quase que instantânea. A “teia mundial” estava sendo tecida pela maior das aranhas da terra: as forças armadas... Mas esse segredo não poderia ser mantido. O progresso tomou conta da descoberta e logo, logo o mundo usufruía dessa tecnologia de ponta. Era a nova face de um mundo, era a Internet.
Em pouquíssimo espaço de tempo, todo o planeta se comunicava em segundos. Japão e Brasil se falavam como falamos numa sala de aula. Informações cruzam oceanos numa velocidade tão incrível, antes que o mais poderoso avião levante vôo e as entregue ao seu objetivo. Pessoas se conhecem, amizades são formadas; criam-se tantas relações através de um monitor de computador, que antes só víamos em filmes (e achávamos um absurdo...) que é praticamente impossível se manter longe desses laços virtuais... Laços esses, às vezes tão reais, possibilitando o encontro de duas ou mais pessoas da mesma cidade ou de cidades diferentes (que nunca se viram, apenas “se leram” ou “se ouviram”). Sim, é como magia. A Internet, sem dúvidas, tem esse poder.
A Internet veio pra ficar. Com ela, possibilitaram-se transações comerciais mais rápidas (visto que se pode comprar tudo por ela), conhecer pessoas, museus, universidades, galerias de arte, cidades, jornais etc. sem sair de casa. Imagine o que é dizer a alguém: “Olha, estou te mandando o meu curriculum vitae agora...” e a outra pessoa responder (quase que imediatamente): “Ok, obrigado. Já o estou lendo em meu monitor. Mandarei a resposta daqui a pouco...” Isso levaria quase uma semana se feito pelo correio. Esse é o real poder da internet: a velocidade. Qualquer um pode ir e vir pelo mundo em instantes! O planeta está cada vez menor no “cyberespaço”, o ambiente virtual onde todos são iguais, sem distinção de sexo, raça ou credo. Todos têm seus lugares. São os “internautas”, que desbravam as fronteiras do infinito e seguem viagem através de uma simples linha telefônica.
Para uns, isso já é realidade; para outros, um futuro bem certo. Para o homem, uma vitória sobre seus limites. Para o mundo... o reflexo absoluto da evolução e do progresso.
(Maceió, AL, 09 de outubro de 1996.)
NOTA DO AUTOR: olha só o que eu achei no meu “alfarrábio digital”! Já é a segunda pérola esse mês! (a primeira você lê aqui). Vou procurar por mais. Rssss...
1996! E eu já escrevia sobre Internet. Agora, ironicamente, escrevo na Internet (blog) e reflito: quem poderia imaginar que se poderia fazer tal coisa, não é? Eu que pensava no uso da Internet (num tom tão globalizado...) sequer imaginaria o avanço atual (www2, banda larga, blogs, Orkut, Facebook, Twitter...). O que ainda virá? Nem me arrisco...
Esse texto foi escrito quando eu ainda era estudante de arquitetura e urbanismo na UFAL, mas não me lembro com qual objetivo (se trabalho de sala ou publicação em informativos do Diretório Acadêmico). Uma pena. Então, decidi postá-lo aqui para, além de alimentar meu faminto blog (tenho escrito pouco ultimamente), partilhar minha visão da tecnologia há... é... bem... hum... wow! 14 anos. 14?(!) Caramba... Rssss...
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